Os dois vereadores que o PSD ( partido do 1º ministro) deixou ficar por Abrantes, enquanto a presidente concelhia foi para a distrital laranja - uma moda já imitada pelo concelhio centrista, depois ver depositados os 126 votos na urna do Rossio - suscitaram uma questão sobre as declarações da Endesa, em suspender a laboração da Central do Pego.
Continuando à espera de saber como é que se marca um encontro com alguém do Governo, os vereadores acabaram por receber uma resposta, da presidente da Câmara, que como é seu hábito, não esclarece nada, antes pelo contrário, ainda lança mais confusão.
A resposta dá com a pergunta. E nisso PSD e PS são mesmo muito iguais.
« Nestes termos, os
vereadores eleitos pelo PSD gostariam de saber:
(1) A Câmara Municipal já
foi contactada ou já contactou a empresa ou outra entidade competente sobre esta
matéria? (2) Já existe algum
balanço sobre os valores de rendas e da derrama que o município poderá deixar de
receber? (3) Existe
algum número fiável relativamente à perda de postos de trabalho (directos e
indirectos) de pessoas do concelho, caso esta situação se
confirme?» (...)
.
Quanto à questão da
Central do Pego, a presidente da câmara referiu que, assim que
tomou conhecimento da notícia sobre o encerramento da referida central,
solicitou à Pegop – Tejo Energia, S.A., informação escrita relativamente a esta
matéria, tendo a mesma, informado o seguinte:
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“A comunicação social
de ontem deu amplo destaque ao possível fecho temporário da “Central do Pego”
por tempo indeterminado, na sequência da publicação recente da Portaria que
extinguiu os pagamentos por “garantia de potência”.
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Em primeiro lugar
esclarecemos que existem duas unidades de produção de eletricidade no local
conhecido por Central do Pego:
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1) A Central a
Carvão detida pela Tejo Energia, S.A., que tem como acionistas a International
Power com 50%; a Endesa com 39% e a EDP com 11%.
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2) A Central de
Ciclo Combinado a Gás detida pela Elecgás, S.A., que tem como acionistas a
International Power com 50% e a Endesa com 50%.
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As notícias referidas
não têm qualquer fundamento. A Central a Carvão não é afetada pela mencionada
Portaria e, relativamente à Central de Ciclo Combinado, a Elecgás S.A não se
pronunciou sobre o efeito da publicação do diploma referido.
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Ainda que algumas
medidas possam vir no futuro a ser tomadas em relação ao funcionamento da
Central de Ciclo Combinado a Gás, detida pela Elecgás S.A., não se prevê virem a
afetar os trabalhadores da Pegop S.A., entidade que explora e mantém as duas
centrais existentes e que tem como acionistas a International Power com 50% e a
Endesa com 50%.»
Alguém percebeu alguma coisa?
A resposta da Pegop não satisfaz. Vem dizer-nos que a Central do Pego tem duas unidades a laborar, no que é denominado pela Central do Pego. A Central a Carvão e a Central de Ciclo Combinado a Gás.
Depois esclarece-nos que ambas as unidades são detidas em 50 % pela International Power e a Endesa com 39 % numa e 50 % na outra. E com isso quis sossegar a presidente da Câmara e esta por sua vez "vendeu" aos vereadores do PSD, essa fraca explicação recebida da Pegop, pelo mesmo preço que a "comprou".