Conheci um tio avô dele, médico do meu avô, ali naquele consultório ao Chafariz, numa meia cave. Pessoa muito afável e atenciosa, mesmo para um humilde paciente, como era o carpinteiro e pequeno comerciante Martinho Baptista, meu avô materno.
Se o Dr. Manuel Santana Maia ainda fosse vivo, em 2009, nunca o seu sobrinho neto - na altura candidato pelo PSD - teria dito que não se sentava à mesma mesa, com o neto do Sr. Martinho Baptista. E isso fazia toda a diferença.
Se esse tio avô fosse vivo, há muito que um professor e escriba dos jornais já teria vindo "elucidar" os seus leitores do significado da letra do Hino Nacional - bastaria uma anotação no seu livro - e não passar atestados de ignorância a toda a gente, como o fez no texto adiante transcrito:
« Quantos portugueses sabem
o que quer dizer ou como se escreve «egrégios avós»? A maioria, quando chega
aqui, aproveita sempre por passar pela igreja dos avós. Não é que não seja bem
pensado, sobretudo quando se vai pegar em armas e enfrentar os
canhões.»
O egrégio tio avô, o distinto médico, o nobre mourisquense, o ilustre abrantino e o insigne licenciado em medicina, era mesmo uma pessoa extraordinária. Se fosse professor há muito que teria escrito em todo o lado, o significado de "egrégios avós"...