Tudo aponta para isso.
Agora vejam lá se a minha proposta de 30 de Março de 2011, no Conselho Municipal de Segurança não tinha pés para andar, quando propunha um Posto Móvel no Norte e preconizava outro para Sul do concelho.
Atacavam-se os fogos logo à nascença da ignição e abriam-se as portas para outra prevenção e outra capacidade de actuação mais eficaz. Para já não falar nos reabastecimentos, poiis tanbém apontava para a utilização de acessos à albufeira do Castelo de Bode e de bocas de incêndio capazes de abastecer um auto-tanque em poucos segundos, a implantar nos depósitos subterrâneos das quatro Cooperativas de Rega - a CIDAS no Souto, com um depósito subterrâneo de 600 mil litros (quinze auto-tanques como o que se despitou no sábado), a CARBIZ em Bioucas, a Cooperativa de Rega da Carreira de Mato e a Cooperativa de Rega da Aldeia de Mato - fora todos os acessos melhorados, apontados para os tais 6o kms de margens ribeirinhas da albufeira do Castelo de Bode.
A "ordem estúpida" foi mandar partir para o Vale das Mós, um auto-tanque de reabastecimento, com a malograda bombeira ao lado do condutor, à hora em que começava um fogo, com a pressão que essas situações despertam nos valorosos soldados da paz e imaginem só, para reabastecer outros carros de bombeiros, quando estes podiam fazê-lo muito mais depressa ali pela freguesia de Vale das Mós, nem que fosse encostando-se à grande piscina da Junta de Freguesia, - na Rua da Junta - que estaria cheia pela certa.
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| DESCANSA EM PAZ PAULINA PEREIRA |
Portanto, apesar de tantas entidades a rubricarem o Plano Operacional de Combate aos Incêndios Florestais e nenhuma sumidade a verificar a incongruência de ir da baixa da cidade - Quartel da Samarra - a toda a velocidade, para levar 40 mil litros de água, quando todo o subsolo da freguesia de Vale das Mós é percorrido por um fabuloso lençol de água, que em certos locais, um furo pode fazer brotar a água do subsolo para a via pública, ou para um qualquer quintal, sem necessidade de utilizar uma eletro-bomba ou uma moto bomba, para esse efeito. E no limite, até há uma piscina enorme, talvez com cerca de um milhão de litros de água.
Não houve nenhuma sumidade da Protecção Civil que visse iso?!
Vale das Mós fica a mais de 20 kms da cidade. Talvez a trinta quilómetros do quartel dos bombeiros. Meia hora de viagem. Infelizmente, aquele veículo já não chegou ao seu destino e dizem-me que foi aprovado um Plano Operacional para Combate aos Fogos.
A única certeza que tenho, é a pena de morte já ter sido abolida por el-Rei D. Luís.
Mandar um carro do quartel de Abrantes carregado de água é um disparate. E ninguém vai ser ouvido pelo Delegado do Ministério Público?
Meu caro amigo Dr. Filipe Lobo D`Ávila, o Senhor é Secretário de Estado da Administração Interna. Quid juris?!
Quando há tanta água capaz de alimentar um posto de abastecimento bem preparado para o efeito de abastecer os auto-tanques, dentro das orientações de um Plano Operacional estratégico, feito por pessoas com cérebro e massa cinzenta. Gente competente e responsável, claro!
Mas esses disparates repetiram-se muitas vezes em 2003 e 2005, - como a seu tempo fui dando conta em artigos no antigo "Jornal de Abrantes", no "Nova Aliança", no " Correio Lisboa/Zêzere" e neste blog e em muitos comunicados da Concelhia do CDS de Abrantes. Em 2003 e em 2005, no Norte do concelho, aconteceu vir o célebre "Tolan" da Barquinha, com 80 mil ou 100 mil de água, reabastecer os auto-tanques a apagra fogo na Aldeínha, no Souto ou na Aldeia de Mato.
Vejam bem o desperdício na utilização desse "tolan", quando no Norte, não havendo o tal lençol de água subterrâneo como no Vale das Mós e Bemposta, sempre existiu água, - pelo menos desde há 60 anos que existe albufeira, para já não falar no rio Zêzere, que nunca secou em verão algum... - na albufeira do Castelo de Bode, ao longo de mais de 60 kms de margens ribeirinhas, desde o Maxial de Além e Água das Casas, nas Fontes, até ao Vale da Serra, o Pé da Serra e Alagoa, em Martinchel, já a jusante do açude do Castelo de Bode.
O POSTO de BOMBEIROS no Verão a Norte e outro a Sul, de que tanto falei desde 2001, afinal continua muito actual e urgente. Talvez, ainda este verão tenhamos as chamas a lamberem aquela "bateria" de garagens implantadas nas costas do moderno Quartel dos Bombeiros de Abrantes. Nessa hora, talvez se perceba a inutilidade da Protecção Civil que temos tido.
Eu por mim vi bem a incompetência e alguma canalhice, nos idos de 18 e 19 de Agosto de 2005. Os auto-tanques mal estendiam uma mangueira logo corriam para o Sardoal e Abrantes para se reabastecerem e nunca mais voltavam. Eram carros de de bombeiro vindos de muitos e diversificados pontos do país. Os de Abrantes tinham ido fazer um "favor" ao coordenador Chambel, apoquentado com outros incêndios em Santarém. O tal coordenador, que me quis um dia explicar o que eram as ZIF`se como com as ZIF`s se "apagavam" fogos e eu mandei-o calar.
O tal coordenador que saíu do Sardoal, sem que muita gente queira explicar porquê...
Nesse Agosto de 2005, o Chefe da Protecção, um tal Nelson de Carvalho partiu para a Suécia nesse domingo de manhã. Começavam as suas férias e deixava cá o Sr. Pina da Costa, uma sumidade em estratégia operacional.
O resultado está aíu a comprová-lo. Nesse fim de semana ardeu tudo o que o meu pai tinha para me deixar, em terras de pomar, olival e pinhais, alguma dessa terras já vinham de meus avós. E à minha frente explodiu um petardo incendiário, cujo eucalipto cresceu dez vezes a sua enorme copa, numa bola de fogo.
Eram por recearem esses rebentamentos, que os bombeiros só iam à roda das casas e não saíam das estradas. Sabiam o que os esperava. Eu e um dos meus filhos iamos morrendo com aquela bola de fogo a rebentar a vinte metros donde estávamos com uma mangueira na mão, quando a linha de fogo ainda estava a mais de 50 metros, nesse momento ainda todo confiante na limpeza que havia feito dois meses antes no pinhal. Ali não havia uma erva ou uma moita que fosse.
Ardeu tudo pelas copas depois da explosão dada no grande eucalipto.
Por isso quando oiço um filha da puta qualquer a berrar contra os matos que não foram limpos, só a muito custo é que não lhe vou logo para as trombas...
E nesse fim de semana de 2005 se pôs fim a dezenas de anos de labuta agrária. Manida por longos anos, desde os meus avós e bisavós. Umas fazendas ainda herdadas do meu tio tetra avô Padre José dos Santos Baptista, o combatente dos franceses.
Assim se mantiveram por longos anos. Longos anos em que ninguém se gabava de ter gasto tempo e dinheiro a escrever umas parvoíces e inutilidades num texto de merda, sobre uma falsidade, a que davam o nome pomposo de Plano Operacional de Combate aos Incêndios.
