O edifício das Finanças - antigo Grémio de Abrantes, que hoje ainda mantém as retretes viradas para o Tribunal de Abrantes, após a restauração - foi comprado por um empresário da Cabeça Gorda que entregou ao arquitecto Duarte Castelo Branco, a responsabilidade de proceder à sua restauração. Estávamos no ano de 2001.
O filho arquitecto António terá ido ao escritório desse empresário, na Amadora, em Setembro de 2001, pedir dinheiro para a campanha. A que título e com que carta de recomendação? Do Senhor seu pai? Ou do Cónego, com quem se dava lindamente, a avaliar pelas fotos sociais, publicadas nos media locais, onde ambos eram vistos em amena cavaqueira, como retratavam o Jornal de Abrantes e o Nova Aliança da época?
Donde veio esse "envolvimento" do empresário com o arquitecto pai, o arquitecto filho? Será que o Isaltino e o Joaquim Raposo também estavam ligados? E o Jorge Silvério, natural da Aldeia de Mato, Abrantes também conhecia os arquitectos?
Aqui fica uma transcrição, que o arquitecto candidato do CDS em 2001 poderá explicar tantos "envolvimentos":
« (...) Acabam de nos levar onde queríamos ao envolvimento do Graça com outro benfeitor amigo do Isaltinocom problemas com a Judiciária, negócios atípicos de terrenos, aventuras futebolísticas que estão agora nos Tribunais , pessoa naturalmente muito recomendável.....e benemérita...»
E mais esta canalhice, que o "miguel abrantes" tanto exalta como um demente tarado:
« sr. regedor (aposentado) escreveu isto seu blogue '' Na segunda-feira, o dia em que levei os nomes à sede na Rua da Barca e depois de nesse fim de semana anterior lhes ter feito uma entrega de 500 contos de um apoiante para a campanha e ter mostrado o Norte ao arquitecto e ao Engº Jorge Gonçalves, o presidente da concelhia e dar-lhe a conhecer muitos desses candidatos, e outros apoiantes, recebi "ordem de despedimento" do Arquitecto, que com uma mão nas costas me aconselhava a regressar a Lisboa, porque já tinha um candidato melhor para o 2º lugar, que era o próprio Engº Gonçalves e para a Assembleia iria o dr. José Vasco Matafome desentendido com o PSD...''»
A falta de vergonha desta gente explica o longo consulado do Nelson de Carvalho e de Júlio Bento. Pudera com calhordas destes, na oposição por Abrantes, não se ia longe...