A água de rega dessas quatro cooperativas a operarem nas aludidas freguesias, ainda por cima por conta da iniciativa privada, constituem uma riqueza estratégica assinalável.
Mereciam todo o respeito e carinho oficiais. Todavia, nunca a Câmara se lembrou dessas obras.
Nem a Câmara, nem os serviços ditos de Protecção Civil Municipal.
Pelos vistos, a água das quatro cooperativas de rega não deve servir para apagar fogos. Tanto assim, que no grande incêndio de 2005, os carros dos bombeiros mal eram chamados para acudirem a debelar as várias frentes de chamas, nessas freguesias, logo largavam o combate com a desculpa de que tinham que ir à cidade buscar mais água. E sabe-se, como nessa ida e volta se perdia um tempo demasiado precioso. Isto, nos casos em que esses mesmos carros ainda regressavam ao local das chamas.
Mereciam todo o respeito e carinho oficiais. Todavia, nunca a Câmara se lembrou dessas obras.
Nem a Câmara, nem os serviços ditos de Protecção Civil Municipal.
Pelos vistos, a água das quatro cooperativas de rega não deve servir para apagar fogos. Tanto assim, que no grande incêndio de 2005, os carros dos bombeiros mal eram chamados para acudirem a debelar as várias frentes de chamas, nessas freguesias, logo largavam o combate com a desculpa de que tinham que ir à cidade buscar mais água. E sabe-se, como nessa ida e volta se perdia um tempo demasiado precioso. Isto, nos casos em que esses mesmos carros ainda regressavam ao local das chamas.
Só pode ser essa incompatibilidade da água das cooperativas, em não apagar as chamas, a razão pela qual, desde 1975, nenhum presidente dos bombeiros municipais, nem nenhum presidente de câmara tenha acarinhado essas cooperativas, ao ponto de nunca terem equacionado a possibilidade dos depósitos dessas cooperativas de rega poderem ter bocas de incêndio, ao longo das povoações da Aldeia de Mato, da Carreira de Mato, de Bioucas e do Souto.
Alguém consegue explicar esta grave omissão?
Que cumplicidades se têm estabelecido entre os responsáveis da Protecção Civil Municipal e alguns fregueses, para que esta pouca vergonha se tenha perpetuado durante tantos anos?
Num município responsável, sério e criterioso, a simples existência destas quatro cooperativas de rega com redes de água espalhada por terrenos agrícolas, que forçosamente se cruzam com terrenos florestais em maior grau do que a água dos SMAS, - quando esta passou a existir uma dezena ou mais de anos depois da água das cooperativas ( na Carreira de Mato, a água da cooperativa antecedeu a água dos SMAS em quase 30 anos, a primeira desde 1976 e a dos SMAS, só em 2004 ou 2005) - obrigava, desde logo, a serem estabelecidas interessantes parcerias de cooperação. Claro está, que tais parcerias passariam sempre por ser uma forma de ajuda municipal para as próprias tesourarias das cooperativas privadas.
Porém, na Câmara Municipal essas coisas só casam bem, com certas terras e com certos autarcas, mais amigos do que outros. E às vezes, quando todos até pertenceram às listas do PS. Mas, como em muitas outras coisas, há sempre uns que são mais amigos...
E nunca faltam fregueses com aptidão para se deixarem capturar. A miséria deste país passa por muita captura cívica. Há sempre quem se disponha a vender a alma ao diabo...!