Sendo o governo PS e a maioria municipal também PS,om a particularidade do Presidente da Assembleia ser Secretáriode Estado e ainda haver um deputado municipal e lider a bancada PS, como deputado no Parlamento, não lembra a ninguém, que a CMA pudesse enveredar pelo alinhamento e dependência estratégica da CDU de Constância, colocando-se contra a barragem, que é uma iniciativa que o executivo faz gala em levar para a frente e talvez, a primeira grande obra com significado deste governo.
O Plano Hidroeléctrico merece respeito. Passar de 45 % para 70 % será sempre um objectivo interessante e de louvar.
Há erros e omissões nesse projecto, quanto ao caso de Almourol. Sem dúvida que há e não deixo de verificar que o desempenho do INAG e aquela primeira desculpa da utilização de mapas militares desactualizados, ainda podem dar muito pano para mangas...
E ainda sobra muita má vontade pelo meio, mais a outra ligeireza em atirar com números e novos locais, como se tudo estivesse nas mãos do INAG, o que não parece abonar muito a favor quer do governo, quer da dita Instituição.
Mas, deixemos isso por agora, de parte.
O executivo municipal ficou enfraquecido, desde logo, porque era o Aquapolis e o Açude que submergiam. Inevitavelmente, o peso da barragem nunca poderá ceder aos caprichos da brincadeira do insuflável. Logo, ao PS municipal, só restava um caminho, que passava porchamar a si um papel de vanguarda.
Explicando de outra forma: há um consórcio que propõe fazer uma grande obra no concelho e que tudo fará para conciliar os seus interesses com os da Câmara, não lhe convindo em nada hostilizá-la. A oposição ostensiva de Constância só dava uma grande saída ao PS de Abrantes, que era fazer-se mediador no projecto oferecendo os seus préstimos decolaborante com o consórcio ( no que significava estar como parceiro do governo, também PS e sabe-se como isso era fundamental, alinhando-se Abrantes - via Lacão - com Socrates, que não deixaria de tomar isso em consideração).
Ora, não foi nada disso, que o PS local seguiu ou atendeu.
Se o Aquapolis foi um erro, o açude um desastre, então este não alinhamento condicional com o Governo foi uma catástrofe...
Uma tragédia, como o tempo o virá a confirmar.
Porque, voltando à proposta do consórcio, ninguém enceta negociações com ninguém, quando há um parceiro que diz que é CONTRA.
A Câmara disse logo, sou contra. Então o consórcio, doravante, irá ficar de pé atrás com a autarquia. Ali não há mais lugar a parceiros, e muito menos a sócios. Não há sociedade com sócios a dizer quenão querem o negócio.
Pior ainda: o PS municipal ao dizer que não quer ser sócio no projecto, auto-excluiu-se e apenas abriu mão por um preço demasiado baixo, fixando desde já um valor que amanhã ou depois pode ficar completamente desactualizado. É esse o risco de quem fixa um preço. Neste caso um preço pouco ambicioso.
Esgotos, etares, pedaços de estrada são coisas de somenos.
Porque a ponte do IC 9 já estava prometida. E agora, havendo um açude que é a essência do paredão da barragem, já sobra outra ponte.
Se o consórcio pegasse nisso e no limite aceitasse pagar essas obras, exigindo da Câmara a assinatura de cruz, Abrantes ficava desgraçada... Esse é o grande perigo que o autarca municipal acabou por reservar para o nosso concelho.
Ao invés, se Abrantes impusessem desde logo, que não obstante reconhecer os grandes prejuízos que de imediato parecem advir dessa cota e dessa barragens, todavia não queria deixar de dar o seu cotributo, pedindo e - exigindo um primeiro reparo moral -para que pudesse ter uma posição o mais interveniente possível no grande projecto, de forma a que pudesse contemporizar conflitos duros que se adivinhavam.
Nenhum consórcio recusaria essa parceria e esse aliado, principalmente, vindo de uma Câmara conotada com o PS e cujo presidente da Assembleia Municipal,até é membro do governo PS.
Se a Câmara não soube atender a isto, nada de bom poderemos esperar já deste negócio. Tudo o que vier, já se sabe e adivinha agora, não será o óptimo...
Faltou-nos m General de cinco estrelas ou um bom cabo de guerra. O que sobrou foi uns generais de aviário e uns terra-tenentes
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT
INICIADO em 27.10.2007