... E não só... Porque traz o meu texto, nas "Cartas ao Director", intitulado " A coutada da coitadinha da nação" , onde pegando na nota do director José Manuel Fernandes de há dias, que censurava o facto de ainda estarmos muito longe de outros países ( os nórdicos à cabeça), onde abrir uma farmácia, montar um notário ou explorar um táxi, não é aceite com inteira liberdade.
Eu, acrescentei um outro facto: construir uma casa ( 2ª ou 4ª habitação num nosso terreno onde gostássemos de estar), desde que se respeitasse os alinhamentos do RGEU de 1957 e não fosse uma reserva agrícola ( pese as casas por vezes, ajudem a fixar pessoas nos campos agrícolas...).
E terminava, com o coro do César com o povo que não sabe para vai a saúde, onde estão os resultados na economia e o que consiste a educação, o que é pouco, como garantia do normal funcionamento das Instituições... ( uma indirecta a Cavaco!...).
Quanto a António Barreto
"A arte de mentir", apontava setas certeiras para os assessores, consultores, conselheiros, os agentes da comunicação. Parecia ontem, que já estava a adivinhar esta crónica de A. Barreto, com o que escrevi no post...
Disse Barreto: " os jornais parecem-se uns com os outros. As notícias são quase iguais.
Aqui um parenteses: Em todos os media do distrito, em Dezembro, passou uma mesma imagem por quase todos os jornais com o mesmo agricultor "contra" a barragem de Almourol... O que é sintomático "do alinhamento..."
Continuou Barreto: Cada vez mais, as informações estão previamente organizadas, não pelas redacções, não pelos jornalistas, mas pelos agentes e pelos assessores.
Recordou o trabalho de Luís Marques, há anos, onde apurou que nos principais meios de comunicação estavam 1 500 jornalistas e 3 000 assessores e agências de informação.
Uma nota de um facto de 1982, em Abrantes:
Na qualidade de autarca do Souto, fui em Maio de 1982, convidado a tomar lugar no almoço no Hotel de Abrantes, que teve a presença do presidente Eanes.
Minutos antes do mesmo, cheguei ao jardim fronteiro e deparei com o homem da Lusa, a chamar todos os jornalistas prresentes a uma "rodinha" e a advertir, peremptório:
"malta vamos lá assentar nas coisas, para cada um não começar a divergir à balda. Hoje a "caixa jornalista" a retirar desta visita foram "as candidaturas dos independentes às autárquicas", Ok?!"
E eu pensei, que raio de comunicação esta, pese estar tudo nacionalizado, para que não pudesse ser a notícia central da visita a Abrantes, a "inauguração do Novo Hospital de Abrantes?!"
Não almocei, senão umas rodelas de pepino e tomate e dois rissóis e batatas fritas a depenicar por uma mesa e acabei mais cedo por ir a uma imperial e um prego no pão ao balcão do "Pelicano"!
Depois, "descarreguei", no Engº Bioucas: então o Sr. Engº a dizer que era "independente", mais o seu vice , o Sr. Camarinhas e vai a ver-se o Sr. General vem agora aqui propor como novidade, como apuraram os Srs. jornalistas, que é preciso haver candidaturas de independentes nas autárquicas?!
Claro está, que tratava-se da jogada do partido presencial...PRD de má e curta memória...
A. Barreto concluiu: A mentira é uma arte. O cenário substitui a realidade. O engano tem mais valor do que a verdade. Foi preciso Santana Lopes em momento inspirado, opor-se a este despotismo!
AINDA NO "PÚBLICO":
O historiador RUI RAMOS: A Monarquia Constitucional e o Liberalismo perdeu-se com o assassinato de D. Carlos, e morreu, porque era ele que ameaçava reformar o país.
A I República e o Estado Novo cortaram com passado liberal.
A Monarquia Constitucional foi um estado igual para todos.
A I República foi a dominação do Estado pelo Partido Republicano ( pois diziam os republicanos, que" Portugal é para todos, mas o Estado é para os republicanos". Muitos analfabetos que tinham voto na Monarquia passaram a não poder votar na I República. Não sei se Lacão via nisso os tais valores republicanos a defender?!
O Partido Republicano era um partido com apoio minoritário da população, por isso não confiava nela.
O Estado Novo idem...
E agora?!
Há as agências e os assessores para a propaganda.
Tudo parecia correr bem.
Até chegar o António Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados.
O José Miguel Júdice bem lhe saltou ao caminho. E eu que há um ano cheguei a apontá-lo, pela sua ligação à família Castelo-Branco, como alguém que podia dar uma nova imagem ao concelho, se fosse Candidato à Câmara.
Mas, eu não sabia quanto já iam avançadas, as suas inclinações para a "esquerda PS" de Sócrates, ao desfiliar-se do PSD - o que não era de todo suspeito, nem sinal de mau gosto - e ao posicionar-se para a Administração do Porto de Lisboa. Projectos tem ele com fartura e na família não falta quem goste de projectos...
Até Marcelo que andou com ele no PSD e no Semanário, o achou muito mudado...
Uma decepção este Júdice...
Então, espera-nos a URGÊncia da reunião do PGR com a juíza Cândida Almeida, para tratar da "nova" Corrupção!
Urgência?
Então o país começou hoje?!
E aqueles que ontem fingiram assobiar para o lado?!
Pois é: dizia D. Pedro para o irmão D. Duarte no início do séc. XV: 2 justiça que tarda, quando chega, já não é justiça para ninguém".
A ver vamos!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007