Aqui está o que Nelson de Carvalho não admitiu.
É que os espanhóis sabem que quem tudo quer tudo perde...
A questão está em utilizar uma falsa cota 24, apenas quando houver cheias, porque nesse momento não podem ser assacadas responsabilidades à Endesa. Em Novembro de 2006 as cheias do Tejo atingiram a cota 29. E nunca é demais recordar para o que sempre chamei a atenção, quanto à cota 35 de máxima de cheia.
Quer isso dizer que fenómenos previsíveis como as cheias não podem ser responsabilidade da barragem. Mas a Endesa sabe que essa água das cheias não deixará de produzir energia eléctrica, num excedente lucrativo para si.
No resto, o "fio de água" tanto vale na cota 24 como na cota 22. A queda numas turbinas de túnel mais afundado ultrapassam esses 2 metros a menos.
Porém, na cota 21/22 o açude insuflável já não tem que ser alvo da indemnização.
Nelson de Carvalho vai sair a perder.
A questão levantada pelo Zé da Cachoeira tem alguma graça pela coincidência da abordagem.
E quanto à "farisaica" nova postura de Nelson de Carvalho na bondade do seu reconhecimento do espelho de água útil para Tramagal e Rio de Moinhos, só pode ser uma piada de mau gosto.
Aqui tenho que lembrar as publicações de artigos no Nova Aliança em finais de 2003 e em Fevereiro de 2004 no jornal "Correio Lisboa Zêzere", de que fui director, onde coloquei em manchete precisamente o açude insuflável com a opção de ponte açude e ainda com a hipoótese de mini-hídrica, precisamente junto ao Cruzeiro do Tramagal, onde a largura do rio Tejo era mais curta.
Portanto, estava certo já nessa altura. Mais uma vez tive razão antes do tempo.
Aqui fica esta ressalva e não sei mesmo se o Zé da Cachoeira não andou a rebuscar nesse meu jornal ou no que aqui já havia escrito.
O seu a seu dono...
E sem os 10 milhões da indemnização é que vai o bom e o bonito...
Constância, seja no Almourol ou na Fatacinha, já ganhou a partida e a ponte na coroa do açude...
E a Endesa com a cota 22 até pode brincar aos bons ambientalistas descrevendo impactos neutros e generosos para os geotas do anti-barragem.
Qiuanto às etares de Rio de Moinhos e Rossio, chuchem no dedo...
Os Valamatos resolvem!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007