Atéaqui tudo bem. O dono dos terrenos de um lado e do outro lado da estrada era o mesmo e o Engº Bioucas fez assim a troca sem papéis. O interesse público é que contava e a segurança e o conforto dos automobilistas eram o tema principal.
Nada a opôr, estavamos no início dos anos 80.
Depois de 2000, o novo dono desses terrenos regressado da Suíça onde deixou a filha pretendeu aqui erguer uma casa para ela. Pedido de viabilização aceite e quando meteu o projecto, logo o burocrata da Câmara descobriu que o novo proprietário queria construir imaginem só:
- Em "leito de estrada mui antiga", não querendo saber para nada que a CMA é que ainda devia agradecer ao freguês de Martinchel/Vilelas.
É óbvio que aqui também se pode confirmar que o autraca municipal não gosta de abrantinos...
À falta de poste de alta tensão, lá vai outra carga pior.
Exigiu sem documentos em que se provasse que a estrada era da Câmara, que o dono do terreno comprasse à Câmara a estrada velha por 500 contos mais escritura e sisa...
E como não tivesse prova do título a CMA pediu ao "comprador repetente", que arranjasse duas testemunhas idóneas lá na terra para testemunharem a favor da posse há mais de 20 anos dessa estrada, mas da posse da Câmara.
Uma grande mentira, pois desde 1981 que aquela estrada velha deixara de ser estrada e até já lá nasceram pinheiros, pois a circulação fazia-se ao lado pela estrada nova de alcatrão.
A haver posse por usucapião só podia ser pelo novo dono ou o seu antecessor, esses sim desde 1981 até 2001 é que usaram dessa "curva em estrada mui antiga".
Nunca pela Câmara que até já havia perdido o direito pelo abandono há 20 anos, se a troca não se provasse como parecia fácil demonstrar por esta foto...
Eu escrevi isto nos jornais em 2003 e "rendeu-me" 6 votos nas autárquicas de 2005.
O presidente da Câmara teve tresentos e tal votos...
Conclusão: ou ninguém lê os jornais ou já estavam acostumados a ver na estrada de Vilelas, um local muito usado antigamente para actuarem os amigos do alheio...
O mal é habituarem-se!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007