Havia a censura que só deixou passar as imagens de uns estudantes a incendiar carros e a a apedrejar os polícias.
É engraçado que vi para aí umas fotos de umas miúdas às cavalitas de uns rapazes. Isso foi a foto manipulada pela "censura".
A foto marcante do Maio de 68 tinha uma bonita, loira e esguia francesa completamente nua que um rapaz levava aos ombros. Em 2003 numa viagem de regresso de uma visita a Estrasburgo, numa delegação patrocinada pelo eurodeputado Carlos Coelho tive como companheira do banco do avião uma arquitecta francesa que viveu o Maio de 68 e era amiga dessa jovem cuja foto percorreu mundo...
Só que aqui a Portugal apenas chegou através de publicações como o Paris-Match que eu lia, porque meses antes havia ganho um concurso inter-turmas no Liceu de Oeiras, de conjugação de verbos irregulares franceses, promovido pela Profª de Francês.
E os prémios foram um livro da biografia de Saint-Éxupery em francês e uma revista do Paris-Match, que aliado ao meu gosto da leitura e da novidade me criou o hábito de passar a ser comprador dessa revista todas as semanas.
Custava cerca de 20 escudos, quando um bitoque custava 15$00... O bife da Portugália custava com a imperial e um pudim 17$50...
Encomendava a revista num quiosque do Rossio ao lado do Nicola, que o dono me guardava um pouco às escondidas pois era uma revista que nem sempre podia estar exposta no escaparate e só a tirava debaixo do balcão para clientes habituais.
Eu próprio tinha que a guardar imdiatamente na pasta junto dos livros e só a lia em casa. Nunca no comboio do Rossio para casa na Amadora ou no comboio do Cais do Sodré para Oeiras, o único liceu onde os estudantes da linha de Sintra se podiam matricular.
Era esse o meu percurso: Amadora-Rossio ( autocarro do Rossio para o Cais Sodré) e novamente comboio do Cais Sodré para Oeiras.
A Maria Filomena Mónica há pouco na SIC N desmistificou essa falsa idéia que o Maio de 68 influenciou ou teve peso na nossa juventude, em Portugal.
Pura falácia. Se havia a censura poucos podiam ter acesso a isso. Só uns fugitivos ao serviço militar que viviam em França.
Dá-me um gozo alguém andar aí num blogue por Abrantes a teimar que no Pego era assim e assado...
Que pedantismo meu Deus!
Ainda bem que a Filomena Mónica que tem uns 4 anos a mais do que eu e que eu conhecia de vista da Avenida do Brasil, uma bonitona como a vizinha Ana Maria Lucas e a Helena Isabel a actriz e ambas misses, acabou por desmentir ter chegado o eco do Maio de 68 a Lisboa e ao Bairro de Alvalade da gente fina da época.
A Lapa ainda não contava...
Agora o Maio de 68 a influenciar a malta por Abrantes ou pelo Pego, que parolice...
Do que esta gente é capaz de dizer...
O que era o Pego sabia eu que tive dois amigos e companheiros de noitadas, lá do Norte que tinham namoradas no Pego e que casaram com duas moças do Pego. E eu lá ia falando com umas bonitas moças, sem dúvida, mas não casei...
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT
INICIADO em 27.10.2007