Em 2003 num almoço de homenagem ao Pároco de Fontes, Carvalhal e Souto, o meu bom amigo Padre João Luís Rosa, no Restaurante Três Naus.
Na foto lá estou com o Joaquim Mendes e o presidente de Junta das Fontes ( o único autarca presente), Manuel Aivado, todos ao lado do ex-pároco.
Telefonei-lhe esta semana e lá estava ainda na sua casa com sua irmã e mais os seus 92 anos, na casa modesta onde o visitei e já o fui buscar, levar e trazer para dizer missas nessas três paróquias.
Está agora na sua casa modesta, a que o povo muitas vezes dizia ser uma grande quinta em Santarém. Nada disso, apenas uma casa terrena na Tapada das Padeiras em Santarém, rodeada por oliveiras e um limoeiro e muitas flores à volta da casa humilde.
Está à espera de obter vaga para ele e para a sua irmã num lar ali nas redondezas...
Enquanto isso, a Casa Paroquial no Souto continua vaga com duas ou três paredes deitadas abaixo, numas obras iniciadas a pretexto não se sabe do quê...
Muitas vezes poerguntei a razão do pároco não ter lá continuado e poder assim acabar os seus dias junto dos paroquianos que serviu durante 37 anos...

Pergunto: Como pode a hierarquia da Igreja ficar indiferente a este pároco que serviu a sua própria terra durante 37 anos ( nasceu nas Fontes) e no momento se ser substituído teve que abandonar a Casa Paroquial quando os outros párocos substitutos não faziam questão em lá habitarem?!
Foi triste vê-lo a carregar com dois ajudantes as suas coisas para uma camioneta, sem ninguém mais ali por perto... Eu estava lá!
Os paroquianos não se podem orgulhar dessa atitude e os lares das paróquias muito teriam a ganhar com sua presença, junto dos idosos dessas terras...
A desertificação também está no espírito de todos nós ...