Este nome - Barragem de Almourol - foi desde o primeiro dia uma miragem.Fatacinha foi uma urdidura reles e irresponsável de alguém que a seu belo prazer decidiu que só podia ser ali e exigia um túnel para levar as águas sobrantes do Castelo de Bode para montante de Montalvo e ao mesmo tempo exigia que não lhe retirassem a água do troço da foz do Zêzere: sol na eira e chuva no nabal!
Fatacinha tinha quase o triplo da extensão de Almourol, medida de uma margem à outra e sem contrafortes nas margens qualquer açude podia ser arrastado ou derrubado.
Mas não houve nenhum técnico que olhasse para a questão. Ninguém neste país assume nada!
Depois no dia do ajuste do concurso, aparece a EDP a dar ao Governo por duas barragens mais do dobro do que este pedia pelas três. Que desperdício o da EDP, que ainda há dias pedia ao clientes cumpridores que suportassem as dívidas dos clientes caloteiros! Um encolher de ombros e tudo bem...
O Director do INAG ainda não sabe o que vai decidir quanto ao novo concurso de Almourol, disse à Lusa. Mas alguma vez esse Sr. mostrou saber algo sobre Almourol?!
Um técnico mostrava saber da hipótese da barragem de Almourol há 30 anos mas cedo mostrou a contradição pelo facto de dizer que a cota 24 submergia a base da barragem do Castelo de Bode (?!!!).
Então quereria o dito técnico dizer que há 30 e tal anos, já se laborava num logro quanto a Almourol?!
Que estudos foram esses?!Enquanto esperava a conclusão dos trabalhos do júri fui até à Biblioteca do INAG e encontrei um livro sobre Hidráulica Agrícola e a História da Rega em Portugal do Prof. Raposo.
Curiosamente, um senhor que apareceu no Jornal de Abrantes a "despejar" uma série de ataques à Barragem quando nesse seu livro de 1994 tecia rasgados elogios à hidráulica agrícola e às barragens do Estado Novo. Foi muito elogiado por alguém no Rossio...
Ontem escrevia uma coisa e hoje o seu contrário...
Depois o autarca que mais cambalhotas deu... Negou o que disse e voltou a desdizer-se para mentir e se desmentir a si próprio e aos seus 37 mil eleitores, e arrastar o concelho para a confusão e o logro...
Cota amiga, espelho de água vantajoso que nunca quis encarar em 15 anos como se Tramagal e Rio de Moinhos não pudessem ter o rio Tejo ou S. Vicente não pudesse descer do seu Parque Desportivo Municipal e chegar ao rio , ao açude e à ponte açude, tão cara à Mitsubishi.
Mas ninguém quer ver isso...
Digam o que disserem, façam o que fizerem, este dia foi um DIA NEGRO!
