A mentira dos meus detractores, sobre os "Templários no Souto, no século XVII" foi fruto da iliteracia do Dr. Pina da Costa...

Essa "história" nasceu de um erro de interpreação do Dr. Pina da Costa, quando em Setembro de 2002, no mês a seguir à minha 1ª passagem como vereador na CMA, resolveu escrever uma carta no Nova Aliança seguida de outra escrita pelo vereador também do PS Júlio Bento.
Cartas sem nexo, cujo conteúdo só demonstrava o pânico que lhes ia na alma, por verem um vereador a dizer como antes ninguém se atrevera a fazê-lo, de que " o rei vai nú!"

Em Maio de 2001 escrevi no Jornal de Abrantes uma carta a defender a possibilidade da Capela da Srª do Tôjo ter origem Templária, pois havua uma inscrição na cave sob o sacrário, com a data de 1139.

Acrescentava ao facto, o pormenor e ter encontrado na pia benta dessa capela na sua base inferior, uma roseta muito id~entica à " Cruz Orbicular" dos Templários!

Ora historicamente sabe-se que uma investida dos Mouros em 1135 e 1137 fizeram recuar as forças cristãs... E os Mouros arrasaram Tomar e Leiria!

Coloca-se a questão: será que as forças cristãs não poderiam recuar para as montanhas estratégicas, que séculos depois o Conde de Lippe veio reconhecer esse mesmo aspecto às montanhas da margem esquerda do rio Zêzere, precisamente na freguesia do Souto?

Mas vários cronistas de Abrantes depois da carta de Pina da Costa ( Henrique Estrada foi um deles), acreditaram que eu defendia que os Templários andaram no Souto no séc. XVII...

Pura confusão de Pina da Costa que arrastou essa gente...
E porquê?
Porque o Prof. Candeias da Silva contestou muito duramente a minha "tese" da possiblidade da origem Templária dessa capela.

E argumentou com um exemplo bizarro e que não abonou a seu favor:
- Que por lapso se esquecera de mencionar no seu livro " Abrantes e seu Termo, no tempo dos Filipes" um Alvará Régio de 1619 ( séc. XVII) de Filipe III, em que concedia autorização ao pároco local Rafael de Mendonça para receber oferendas e celebrar missa em reconhecimento das obras que o pároco fizera na capela...

Ora o Prof. Candeias admitia - sem o poder sustentar como historiador - que a capela quando muito teria aí 50 anos em 1619, quando se fizeram essas obras de restauro do Padre Rafael de Mendonça.
E como tal era pura fantasia a origem Templária e que não me reconhecia autoridade para fazer afirmações dessas...

Porém, o que ele dizia da "Cruz Orbicular", também não passava de declarada má vontade, que se parecia muito com a cruz dos Templários , mas que "os Templários nunca teriam atravessado o rio Zêzere de Tomar para o lado de Abrantes..."

Esta frase não lembrava a ninguém e não abona nada a favor de um historiador...

E daí a minha resposta um dia no " Nova Aliança", nos seguintes termos:

« Talvez o distinto Professor desconheça mas a barragem do Castelo de Bode foi a obra de Salazar e não do Criador, pelo que os Templários em 1139 poderiam muito bem ter atravessado do lado de Tomar para o Souto, a vau...».

Logo a seguir, numa reunião da Assembleia Municipal, o Prof. Candeias da Silva estendeu a mão e perguntou se me pedia cumprimentar e eu disse que sim e sem rancor cumprimentámo-nos.

Quanto aos Templários eu falava na sua passagem pelo Souto no séc XII ( 1139) e foi o Prof. que falou no alvará do séc. XVII...
Ora isso não legitimava a conclusão do Dr. Pina da Costa de que " eu dizia que os Templários anadavam pelo Souto no séc. XVII..."

Esta conclusão foi do Dr. Pina da Costa e não abona nada a seu favor, quanto à compreensão de textos, que parece não ser o seu forte...

Portanto, nada tenho ver com isso. Não me culpem pelos erros do Dr. Pina da Costa! Essas cntas terá ele que as dar aos munícipes...

Resumindamente, as calúnias de que tenho sido alvo nesses blogues que andam por aí, tipo o Palha de Abrantes e o Zeca da Cachoeira, nada valem...

Evoluam meus senhores, elevem o debate!