E a jornalista Fernanda Mendes do blogue "rua da sardinha" acrescentou mais ou menos isto:
... era em parte uma boa solução para melhorar a empregabilidade de centenas de licenciados em comunicação social...
Isto quando MFL diz que não há dinheiro para nada... O que é um facto!
Pese o caso - estranhíssimo - de não ter falado e exigido uma paragem nos gastos que originaram a derrapagem nas despesas públicas correntes só em 2007, que foram de 8 mil milhões de euros, quase o custo do TGV e do novo aeroporto!...
Mas o PGR entra em contradição, ao dizer que os jornalistas na sua maioria não percebem nada de Direito e de Justiça e como tal deveriam especializar-se. Ora não vejo como depois os outros jornalistas não entrariam em conflito com os assessores de imprensa e se seriam capazes de se entenderem entre si, pois a"especialização" destes era antagónica com a capacidade de percepção do comum dos jornalistas a trabalhar nos media.
Isto partindo do princípio de que os juízes seriam capazes de se entenderem com os assessores de imprensa dos Tribunais.
Resumindo: o cidadão cada vez teria a justiça mais cara e não sei mesmo se tantos assessores e se tanto juízes juntos saberiam explicar algo mais do que aquilo que ainda hoje ninguém entende: a demora da justiça!
Pois já D. Pedro - das sete-partidas - dizia a seu irmão o rei D. Duarte, no séc. XV, dando conta da demora em se fazer justiça, que a justiça que tarda não é justiça!
Este raciocínio exposto com a singeleza como foi o caso, da jornalista em causa, vem colocar outro sério problema:
- Até que ponto a questão do "não há dinheiro para nada" dito assim secamente por MFL não é um atirar areia para os olhos de toda a gente?!
No limite, o que parece faltar é um claro entendimento de que o país não pode pagar as incapacidades de uns tantos, que estão a ser incompetentes no seu desempenho.
Os juízes têm não só que conhecer as leis e aplicar a justiça, como também saber explicar as sentenças e as leis que aplicam ao comum dos cidadãos, sem precisar que estes ainda tenham que pagar a explicadores - os ditos gabinetes de imprensa!
E nada como de viva voz ouvir a justiça dita e entendida directamente da boca dos juízes!
Será pedir muito?!
isto, sem embargo, dos jornalistas serem efectivamente capazes de perceberem o que lêem e depois escrevem nos jornais.
Também será pedir muito?!
Agora não podem é pedir para nós pagarmos mais para a solução da sua empregabilidade...
Daqui a nada lá temos repetido o caso da EDP com os clientes cumpridores a terem de pagar as faltas dos clientes caloteiros!...
Isto é que vai uma seca, hem?!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT
INICIADO em 27.10.2007