Um ex-atleta Olímpico de Sidney, Mário Aníbal acentuou a falta de formação dos atletas para poderem enfrentar os jornalistas e alinharem outro tipo de declarações mais ajustadas e dignas de atletas de alta competição e representantes de um país ocidental nos Jogos Olímpicos.
Faltando esta atitude, o resto também acaba por se reflectir nos fracos resultados.
Essa falta de atitude não deixa de se fazer notar nas declarações do próprio presidente do Comité, Vicente de Moura.
Comecemos a dar o exemplo por cima, pelas chefias...
Logo no iício destas declarações e destes fracos resultados já o Sr. Comandante se dizia disposto a abandonar tudo e todos, o que não abonava muito a favor do Sr. Comandante e chefe do Comité Olímpico!
Mal surgiu o triunfo de Nelson Évora, voltou com a palavra atrás e já se dispunha a continuar...
Assim não vale, Comandante!
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E entretanto, também já se faz notar a interveção dos "spins doctors" a sublimarem o sucedido e a manipularem os efeitos. Houve falhas dos dirigentes, muito antes das declarações infelizes e patéticas dos atletas. Assumam-se!
Não andem un a apagar os rastos dos outros. Falem verdade e assumam as responsabilidades.
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Sempre estes fariseus, quais lobos vestidos com pele de cordeiro...
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Todavia, é bom não esquecer que os atletas e os membros das comitivas têm também o dever, para além dos treinos específicos das suas modalidades, de treinarem outro tipo de relacionamento mais cuidado nas declarações proferidas à frente dos microfones...
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O exemplo da nossa Selecção no Europeu de Futebol na Suíça/Áustria, bem poderia ter sido outro bem diferente...
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Veja-se o " massacre" sobre o Ronaldo com a hipotética transferência para o Real Madrid, com toda a desestabilização provacada ao atleta. E os jornalstas portugueses bem podiam ter-se demarcado do sufoco feito pelos seus colegas espanhóis... E pela espanhola Nereida!
Toda essa hipocrisia e falta de atitude mais frontal sobre as futuras transferências que se sabia serem inevitáveis no decurso do Europeu, com outra atitude e outra postura nunca teriam chegado aonde chegaram infelizmente...
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Porém, com alguma hipocrisia de início, todos fingiam continuar a dizer que só a Selecção é que contava e nada de transferências, quando toda a gente sabia e percebia que os atletas e os treinadores não deixavam de ser verdadeiros profissionais do futebol, sujeitos a todas as hipóteses de melhorrem os seus contratos profissionais.
Eram todos profissionais de futebol. Porquê essa hipocrisia?!
Alguém duvidou dessa invitabilidade?! Nomeadamente, de à custa do Europeu e da prestação na Seleção poderem fazer novos e milionários contratos?!
Fazia parte da vida profissional dos futebolistas... Nem mais!
Com falsa moral, quiseram esconder o sol com a peneira e depois deu no que deu...
Scolari andou mal ao proibir aos outros o que não sube enfrentar no seu caso, com maior naturalidade...
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Não há como abrir o jogo e declarar as coisas com toda a naturalidade. A verdade e a transparência ética começa por aí. Está nisso mesmo: não há que ter medo da verdade!