O Concelho de Abrantes sai a perder com a Ponte do IC -9 da Abrançalha para o termo de S. Miguel, na direcção de Espanha e com passagem interessante pela Ponte de Sôr, que acaba a meio caminho da A-23 para Espanha.
Não há volta a dar-lhe!
A única ponte que poderia dar animação ao Tramagal seria a que o ligasse a Rio de Moinhos e ao nó da A-23 em Montalvo. Nesse momento as Zonas Industriais de Tramagal e Montalvo constituíriam um "nicho de mercado", com mais complementaridade.
Mas essa ponte dava a reciprocidade de interligações entre as duas margens com claras vantagens para a Vila do Tramagal.
Porque quem atravessasse a ponte, entrava mesmo na Vila, não passava ao lado, como será o caso com a IC-9.
Quanto às Zonas Industriais de Alferrarede e do Pego, esta ponte do IC 9 signifca para o trânsito que parte da A-1 pela A-23, que muito desse trânsito pode já não passar mais por lá. Corta antes, rumo a Espanha e com a Ponte de Sôr, os aviões e as fábricas da cortiça do homem mais rico do país a meio caminho...Moinhos
Tramagal e Rio de Moinhos ( e a indústria em Montalvo), precisam tanto dessa ponte entre si, como de pão para a boca.
Quanto à ponte do IC-9, nada como fazê-la passar entre Alferrarede e o Pego, junto ao nó da Área de Serviço de Abrantes-Mouriscas, onde as configurações do terreno, o vão mais estreito entre as duas margens e a existência dos viadutos prontos a servirem esse nó da ponte com a A-23, permitiriam uma redução de custos para mais de metade.
Quanto aos terrenos planos do Pego para a Ponte de Sôr ( serviam melhor o Gavião), e não prejudicavam a Floresta da Silvicaima entre Tramagal e S. Miguel, nem destruíam as Reservas Agrícolas do Vale do rio Torto e da Bemposta.
Rossio ao Sul do Tejo, que sempre esteve desligado desta ponte do IC-9, só tem que merecer o viaduto (EN 118), na Foz do Rio Torto na direcção da Rotunda da Ponte Rodoviária, para continuar a freguesia charneira, entre o Pego, Tramagal e a urbanidade da própria cidade. Não lhe resta outra saída, desde o momento em que consentiu que as Barreiras do Tejo lhe retirassem o protagonismo no Aquapolis...
Aliás, seria bom que alguém explicasse aos rossienses, quem foi o autarca da sua freguesia que se antecipou ao vereador Júlio Bento, na compra do terreno na Foz do Rio Torto, onde ficou a estrada interrompida na saída da Rotunda Nova, na direcção do Tramagal. Júlio Bento queixou-se disso mesmo numa Sessão de Câmara (era eu Vereador...), e alguém se sentiu incomodado ao ponto de ter tentado explicar na reunião seguinte da Assembleia Municipal, o inexplicável!
Basta ler essa Acta da Assembleia Municipal de Setembro de 2002.
O Rossio só tem que se queixar dos seus autarcas de freguesia...
