O que é que correu assim tão mal pelo concelho de Abrantes para que alguém que tão cuidadamente coloca os seus vasos de flores à porta para deleite dos visitantes, caia os muretes e os bancos de namoradeiras e deixa uma gaiola cujo cantar dos pássaros pode ser abafado a todo o momento pelo ruído dos carros, se veja ameaçada com o "afundamento" contínuo da sua casa que foi de rés-do-chão e agora é uma cave passível de inundação às primeiras, às segundas e às derradeiras águas das chuvas pelo ano fora?!...
Merecia esta Senhora tamanho castigo da CMA?!
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Merecemos nós todos ter de assistir a estas coisas, mesmo ao nosso lado, sem deixar de pensar e cismar, de que não tarda também irá chegar a nossa vez de sofrermos uma qualquer afronta, uma má paga, sabe-se lá porquê?!
Aliás, não se ensaiam nada para arranjarem um pretexto e nos tramar...
Até a mim já me deconsideraram de toda a forma, só porque não apoio incompetências, patetices e arbítrios..
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Então custava muito criar um passeio desde esta casa até ao "Café" ao fundo, afastar um pouco a estrada para cima do canavial e rebaixar o piso e harmonizar as lombas para um nível mais favorável e em vez dos "pontões" a salvar a valeta haver antes um passeio mais acolhedor para os fregueses e moradores do Vale de Açor?!
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E isto, sem que tenham ainda observado a crueldade do que pode vir pela rampa do centro do Vale de Açor até "inundar" a casa desta Senhora...
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É para isto que pagamos à administração local, mais de metade das receitas arrecadadas todos os anos?!
Claro que esta Senhora nem deve pagar Derrama ou IRS, por falta de rendimentos.
Por aqui e por isso mesmo não tem que ficar grata aos que votaram contra a "Derrama" . Mas já pode pedir aos que arrecadam a "Derrama" que não usem esses dinheiros para prejudicar cada um em suas casas?!
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Será pedir demais?!
Claro que não Minha Senhora!
E por isso aqui estou a falar de coisas que ninguém ainda quis falar.
Embora já muitos falassem e dissessem que queriam ser vereadores e presidentes de câmara...
O Cónego José da Graça fez bem em não ter aceitado os convites. Porque aqueles que o convidaram seriam os primeiros a desacreditá-lo e talvez que a sua experiência de vida não lhe desse todos os conhecimentos que é preciso ter para "emendar" pareceres técnicos viciados ou tendenciosamente mal albardados...
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Esta estrada teve projecto, não teve?! E de que valeu o projecto?!
Claro que o projecto não mandava "afundar" a casa. Mas também não o proibiu...
Porém, há uma ética construtiva, que só poucos a assumem!
É essa a diferença!
