Três pontos a assinalar:.
1º - " Expressões vagas e ambíguas no Protocolo de Descentralização das Competências do Ministério da Educação para as Câmaras", foi um dos argumentos invocados pelo presidente da CMAbrantes e apoiado pelo Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, naquela noite a ocupar por umas horas o cargo de presidente da Mesa da Assembleia Municipal. Logo o Dr. Lacão e o presidente da CMA acham que o Governo não é "pessoa de boa-fé" e terá como objectivo "estrangular" os autarcas municipais, a avaliar pelas sérias e graves reservas colocadas ao Protocolo a assinar com o Governo!
Só surpreende o silêncio de toda a "oposição do faz de conta", e o "alinhamento" fácil atrás do presidente de Câmara e que culminou no "falar grosso" contra os dois presidentes de junta, que acabaram por serem vítimas da sua confiança nos companheiros que em nada os ajudaram...
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Se são os autarcas e o Secretário de Estado da Presidência a dizê-lo, o que não devem pensar os pobres e ignorantes cidadãos abrantinos, para já não falar dos cidadãos do Sardoal e do Mação, quando esses coitados aceitaram tudo...
Mais: "existem requisitos legais que para cabal cumprimento obrigariam a CMA a fazer obras", o que faz supor que actualmente os edifícios escolares poderão não estar dentro das normas legais aplicáveis e nomeadamente no âmbito das normas de qualidade e segurança exigíveisna lei... Será isso, Sr. Presidente?!
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2º - Três aspectos parecem inquietar os autarcas municipais que votaram em "unanimidade" a rejeição do protocolo, a saber:
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a) - Os encargos e a gestão do pessoal não docente: o que leva a questionar se fosse a gestão com o pessoal docente, se os professores (também autarcas municipais), teriam rejeitado o protocolo com a mesma ligeireza?!
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b) - As novas actividades de enriquecimento curricular, uma arma estratégica de grande alcance, também não entusiasmou os nossos autarcas-professores, o que nos deixa a todos totalmente perplexos.
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c) - As responsabilidades das câmaras na manutenção dos edifícios escolares foi outra aposta rejeitada pelos autarcas-professores, o que não deixa de ser deveras surpreendente, ver ex-professores a declinarem a nobre tarefa de arranjos e melhoramentos escolares; como dizia o outro: o desporto sempre é mais fácil!
Ou as obras faraónicas de museus e aquapolis...
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3º- O "ataque" arrogante contra os presidentes de junta do Souto e de Rio de Moinhos, que dividiria em duas partes:
a) O saneamento só existe na sede de freguesia e corresponde a uma "Fossa Colectiva" que quando cheia, só não vaza sempre as águas russas para o braço da albufeira do Castelo de Bode ( na Ribeira do Souto), porque algumas vezes vão lá as camionetas buscar os esgotos para levarem para a falsa "ETAR" do Carvalhal, que por sua vez "descarregam sem filtragem terciária" as águas russas na mesma ribeira do Souto, via Sobral Basto e Sentieiras, por onde passam as linhas de água das captações deágua do Carvalhal e do próprio Souto, o que mostra o enleio que por ali roda...
Portanto, o presidente da junta do Souto, por não conhecer estes aspectos e pela sua juventude não foi capaz de enfrentar o autarca municipal, mas não deixa de ser caricato e triste a falta de solidariedade dos deputados municipais do PSD.
O alcatrão em Dezembro de 2001 na Atalaia foi o pretexto para adiar os esgotos sabe-se lá até quando?!
O estrangulamento do Souto foi "impedir" via PDM que muitas casas mais se pudessem construir e é isso e não o alcatrão o que "matou" o Souto e outras terras...
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b) Quanto a Rio de Moinhos, três coisas podiam fazer calar Nelson de Carvalho:
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I - Nunca fez um único passeio - um único passeio para os peões - ao longo de Rio de Moinhos continuando aspessoas a circular nas bermas com coletes reflectores e com a asfixia do PDM desde 1994, a Reserva agrícola e a Reserva ecológica não permite que se abra outra rua paralela à rua principal, nomeadamente na direcção mais marginal ao vale e ribeira de Rio de Moinhos, quanto mais não fosse desde a ponte na EN 3 e a proximidade à Aldeínha.
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II - O PDM ao declarar zona interdita a construções a toda a baixa de Rio de Moinhos conduziu a terra para um beco sem saída, quando um bem elaborado Plano de Pormenor teria dado outras saídas a Rio de Moinhos;
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III - Finalmente o pontão da Amoreira pode não ser uma responsabilidade directa da CMA, mas não fica bem ao presidente da Câmara reconhecer que esse pontão foi obra da junta anterior e como tal seria a actual junta a ter que arranjar o que uma enxurrada ou uma tempestade derrubou em 2007, quando ainda há dias ou semanas atrás deu 3.000 euros para uns "meninos do Estoril" passarem um dia a brincar no rio ou 6.000 euros para uma representação de S. Nicolau andar por cá e não sei mais quantas bizarrias mais, que não são decididamente atribuições da Câmara, levando a questionar muito directamente, se os habitantes da Amoreira por apenas 1.000 euros, não poderiam um dia destes recolher uma pequena alegria, com três vigotas, duas varas de corrimão e uns sacos de cimento nos suportes desse simples pontão que permitem a muitas famílias ainda manterem a força de vontade suficiente para o amanho das suas hortas?!
