A má decisão de desterrar o Terminal Rodoviário inaugurado em Maio de 1994, para a ponta poente foi o ocaso na cidade...
Várias vezes apontei esse edifício do novo Terminal, como Quartel dos Bombeiros, mas na CMA havia a perfídia de apostar no erro e no desperdício de 1,5 milhões de euros nas velhas instalações da Cervigal e nas obras que agora foram adjudicadas.
E deixar as velhas instalações dos Bombeiros na Defensores de Chaves ao abandono e na degradação que ontem aqui mostrei.
"As cidades também morrem" escreveu alguém. Como há alguém que já a começou a "matar"...
A Avenida Sá Carneiro era o melhor acesso para levar o Terminal até às traseiras do Convento, onde sobram barreiras à espera de um terraço cobertncosta Sulo, onde iria recriar-se ainda mais a panorâmica da Encosta Sul.
Depois um pequeno túnel ou um tapete rolante e os passageiros estavam no Jardim da República, os estudantes estavam diante do Politécnico, diante da Biblioteca.
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Tudo bastante melhor do que a velha Garagem dos Claras.
E para chegar à Avª Sá Carneiro, nada como ter alargado a saída da A-23 logo no Olho de Boi - e tínhamos as carreiras a circular na Zona Industrial de Alferrarede, no que era uma aposta estratégica ímpar.
Alferrarede, Tecnopolo, Urbanização dos Telheiros e dos Pinheiros eRotunda do Olival e paralelas à Avª. António Pereira Farinha, tudo teria dado outra dimensão à cidade.
Não tem nada de extraordinário, nem nada que não saibamos ser esse o caminho certo...
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Sem voltarmos com o Terminal à cidade - Torres Novas não abdicou disso, nunca é demais sublinhar - nunca mais teremos cidade.
Ainda bem que a CMA já mandou acrescentar 2 mil m2 à área do terreno onde está o dito Terminal Rodoviário. Um dia a venda saírá valorizada...
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Quanto à compra das velhas Garagens pela CMA, o que há de errado não será a compra, pois o espaço poderá ser útil para instalar outras actividades e ceder a particulares.
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Quanto à construção de instalações para os Serviços Municipais, será bom que o executivo leia o que a imprensa internacional vem escrevendo sobre a crise financeira e os alertas que Cavaco Silva já deu, de que o pior ainda está para vir...
Não será nos próximos anos o melhor momento para "obras megalómanas"...
E também não se vê, o que fazer aos Paços do Concelho de sempre, mais aos edifícios camarários envolventes, no Centro Histórico, sob pena de condenar tudo o que ainda mexe por ali...
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Não há volta a dar-lhe...
A menos que persistam no suícidio...
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