DO COMUNICADO DA CONCELHIA CDS/PP de ABRANTES
A Câmara Municipal de Abrantes acaba de “vender” nas Zonas Industriais de Tramagal e Pego, dois ou três terrenos em extensões de áreas de muitos hectares ao preço simbólico de 50 cêntimos o metro quadrado.
Declarando mesmo com alguma ingenuidade e imensa imprudência negocial, o facto, de já ter esgotado todos os espaços industriais livres no Pego, iniciando agora as negociações com os proprietários vizinhos para a compra de mais espaços, o que é em termos negociais um erro clamoroso, susceptível de especulações várias.
A Concelhia do CDS/PP está sensível à prática de atractivos para a fixação de empresas, desde que assegurado o direito de preferência e reversão, no caso de deslocalização ou encerramento das actividades no futuro.
A Concelhia do CDS/PP não pode ficar indiferente ao facto das Urbanizações Municipais da Bemposta, Arreciadas, S. Facundo e Tramagal, onde cada uma custou em média mais de 100 mil contos só nos trabalhos de urbanização, se terem praticado preços na ordem dos 50 € / m2.
Logo, não percebe como é que um executivo municipal, ainda para mais dito socialista, se permite conduzir os negócios municipais dentro destes parâmetros tão assimétricos e infames. Pois admite exigir 100 vezes mais a um jovem casal do que a uma grande empresa.
Mais grave ainda, quando foi este mesmo executivo municipal quem conduziu, deliberadamente, todos os antecedentes que levaram a proibir ou limitar abusivamente, ( num PDM desequilibrado e atroz), todas as construções que era tradição construir usando os terrenos oferecidos pelos pais e demais familiares, para que as famílias continuassem próximas.
A declaração de interesse público na Herdade de Cadouços para libertar terrenos para a construção de 300 moradias, não pode ser exclusivo de uma só entidade. Quando na Bemposta quase ninguém mais consegue terreno livre para construir ou sofre todos os atropelos durante três anos como aconteceu recentemente no Vale de Açor. Ou no Carvalhal, quando só ao fim de sete anos da nova Igreja, se admite ao lado o interesse público, somente para um equipamento desportivo, desperdiçando-se outros terrenos, quando foram excluídos os tais 30 jovens casais impedidos pelo PDM de se fixarem na sua terra, como tanto desejavam.
O CDS/PP exige uma igualdade de tratamento. O mesmo é dizer: cumpra-se a Constituição!
Abrantes 13 de Outubro de 2008
O Presidente da Concelhia de Abrantes
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT
INICIADO em 27.10.2007