Aqui está uma questão que ao contrário do que parece tem muito a ver com os cidadãos enquanto compradores de habitações, porque interfere nos custos e de que maneira. Os oito meses de espera na concessão da licença de habitação pode significar oito meses dos compradores sem casa para viverem ou em alternativa terem de pagar uma renda por outra casa e todos os incómodos daí inerentes.
Quanto aos prejuízos dos construtores, é certo e sabido que se o mercado o permitir irão nos empreendimentos seguintes imputar esses mesmos custos adicionais nas vendas futuras, o que significa esta coisa simples: aumentos exponenciais!
Como os oito anos na aprovação da urbanização até à licençm de construção gera uns custos enormes, de forma que desde a compra do terreno até ao momento da venda da fracção há um percurso de custos pesados. O dinheiro envolvido tem custos financeiros - juros bancários - e se imaginarmos juros da ordem dos 10 % a 12 % ao ano, ao fim desses oito anos o terreno já leva 100 % a mais.
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Todos estes custos, mais tarde ou mais cedo acabam por repercurtir-se no preço final, que por acso, até sabemos quem é que o tem de pagar...
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Donde a questão deste arrastar de prazos tem muito mais a ver com os contribuintes do que com os empresários... Embora todos saiam a perder...