O preconceito contra a compra de casa própria tem sido o gato escondido com o rabo de fora, desde o 25 de Abril. Só o forte sentimento de culpa do poder político pela destruição nunca recuperada do mercado de arrendamento e a explosão incontida de toda uma jovem população urbana ávida de habitação condigna, fez esbater todo esse preconceito marxista à titularidade de uma propriedade privada. Nada que Alexis de Tocqueville não tivesse já alertado, por volta de 1830 e meses antes do “Manifesto Comunista”: o alvo revolucionário não é mais a luta fabril, mas a luta contra a propriedade privada!
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Paradoxalmente, com a crise financeira em cheio, muito por culpa das práticas que fizeram o sucesso dos bancos, o governo concedeu-lhes avales. E não satisfeito com isso, ainda os incentiva “a comprarem” as habitações aos clientes, pelo preço da dívida, (preço esse que na vida do empréstimo representa o pagamento ao banco do triplo do valor da compra), o que mais parece um jogo de cabra-cega: de olhos vendados, dá com a cana em quem calha!
Paradoxalmente, com a crise financeira em cheio, muito por culpa das práticas que fizeram o sucesso dos bancos, o governo concedeu-lhes avales. E não satisfeito com isso, ainda os incentiva “a comprarem” as habitações aos clientes, pelo preço da dívida, (preço esse que na vida do empréstimo representa o pagamento ao banco do triplo do valor da compra), o que mais parece um jogo de cabra-cega: de olhos vendados, dá com a cana em quem calha!
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É certo, que podem ser recuperadas desde que não se deixem atrasar três meses no pagamento dessas rendas a 60 % das actuais prestações. Não se sabe é com que acréscimos de comissões daqui a dez anos?!
Tudo muito certo, se os clientes até lá ainda viverem o suficiente ou continuarem com salários que lhes permita pagar essas rendas. Convenhamos que as garantias são nulas.
Por outro lado, nem por um momento, o governo colocou a hipótese de surgir uma deflação, (como sucedeu na Grande Depressão dos anos 30), que faça as taxas de juro caírem (imagine-se para pouco mais de zero por cento!), como forma de combater a economia em recessão. Estranhamente, esse pormenor não foi ainda aflorado, como se o objectivo fosse o de matar dois coelhos com uma só cajadada.
É certo, que podem ser recuperadas desde que não se deixem atrasar três meses no pagamento dessas rendas a 60 % das actuais prestações. Não se sabe é com que acréscimos de comissões daqui a dez anos?!
Tudo muito certo, se os clientes até lá ainda viverem o suficiente ou continuarem com salários que lhes permita pagar essas rendas. Convenhamos que as garantias são nulas.
Por outro lado, nem por um momento, o governo colocou a hipótese de surgir uma deflação, (como sucedeu na Grande Depressão dos anos 30), que faça as taxas de juro caírem (imagine-se para pouco mais de zero por cento!), como forma de combater a economia em recessão. Estranhamente, esse pormenor não foi ainda aflorado, como se o objectivo fosse o de matar dois coelhos com uma só cajadada.
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Isto é: reforçar os activos dos bancos, onde por coincidência, muitos reformados da política acabam nas respectivas administrações e ao mesmo tempo, liquidar essa pretensão burguesa do acesso da classe média-baixa, à posse de património imobiliário: a tal propriedade privada!
Isto é: reforçar os activos dos bancos, onde por coincidência, muitos reformados da política acabam nas respectivas administrações e ao mesmo tempo, liquidar essa pretensão burguesa do acesso da classe média-baixa, à posse de património imobiliário: a tal propriedade privada!
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Aliás, as limitações dos PDM`s e as excepções consagradas apenas nos projectos PIN e PIL já vinham no sentido de não mais ser possível construir a nossa casa, num terreno da família, como era tradição por esse Portugal do Interior Profundo…
Resta o Direito à Habitação consagrado na Constituição (considerada pró-marxista), a ser contornada por estas facilidades concedidas aos banqueiros, expoente máximo do capitalismo.
Algo está podre neste reino…
Aliás, as limitações dos PDM`s e as excepções consagradas apenas nos projectos PIN e PIL já vinham no sentido de não mais ser possível construir a nossa casa, num terreno da família, como era tradição por esse Portugal do Interior Profundo…
Resta o Direito à Habitação consagrado na Constituição (considerada pró-marxista), a ser contornada por estas facilidades concedidas aos banqueiros, expoente máximo do capitalismo.
Algo está podre neste reino…
(João Baptista Pico)
ABRANTES
NOTA: Sempre coloquei nos meus artigos o endereço ABRANTES. Outro houve, que colocava "Ponte de Sôr" e só passou a colocar "Abrantes" nas últimas semanas quando foi "descoberto" para candidato à Câmara de Abrantes pelo presidente da concelhia do PSD.
Por muitos textos que o dito candidato tenha escrito para os jornais, e que eu saúdo sem qualquer ponta de inveja. Inveja que nem podia ter, pois o que esse senhor escreve, - é bom esclarecer os menos atentos aos conteúdos desses textos - nunca por nunca ser, tratou de algo que pudesse interessar ou dizer respeito a Abrantes... Como por exemplo a questão da barragem de Almourol e a submersão do açude, os problemas com o Hospital de Abrantes, etc,etc...
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Como compreenderão é mister começar desde já a assinalar as coisas e a colocá-las nos devidos lugares.
Como recordava há dias um comentador deste blogue, que me saudava precisamente, porque eu chamava "os bois pelos nomes", passe o termo da gíria popular!