A divulgação da lista dos inquilinos da Câmara de Lisboa, fora dos bairros sociais, é um acto insensato. Penso que se trata quase de um julgamento popular, com sentença e sem possibilidade de recurso.
Em Lisboa, como de resto por todo o País, os locatários antigos pagam rendas ridículas e tanto faz o senhorio ser a Câmara como qualquer outra entidade, ou pessoa. Descriminar os locatários da Câmara não é equilibrado.
Porque é que este assunto merece agora tanta atenção?
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Nicolau Maquiavel pensaria que a Câmara de Lisboa se deve estar a preparar para vender todos estes imóveis a um fundo privado e que alguém engendrou esta trama para justificar os decisores. Estes não apareceriam, aos olhos da populaça, como um bando de neoliberais, mas sim de “justiceiros”. Medidas idênticas poderiam ser copiadas depois por todo o País, com o aval do governo.
Ora 3.000 casas a uma média de 100.000 €, estamos a falar de cerca de 300 milhões de euros. Fiquem atentos ao que isto vai dar.PS: Foto do Público, que fez o favor de divulgar a lista.");
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Nota: Eu, autor deste blogue Pico do Zêzer Abt, não deixo de considerar pertinente este texto. E como já havia escrito antes, não embarquei em ataques laterais a alguns beneficiários, quando Aquilino Ribeiro Machado "entregou" 60 casas, Nuno Abecassis havia "entregue" 180 casas em dez anos, João Soares em 4 anos mais de 200 e antes Jorge Sampaio ( não obstante o aviso de Mário Crespo na entrevista na RTP em 1989, com este e Marcelo Rebelo de Sousa a prometerem rever essa situação... até hoje!), a entregar em menos de 6 anos, até ir 10 anos para Belém, a "entregar 155 casas, e Santana Lopes 150 e Carmona Rodrigues pouco mais de 100 e António Costa mais de 60 casas...
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Portanto, houve muita gente com enormes RESPONSABILIDADES a fazer o papel de Pôncio Pilatos...