Somos o 6º país (+) consumidor de água, apenas o dobro da média mundial.
Depois o Dr. Orlando do INAG não faz a distinção entre Fatacinha e Almourol, como se a barragem na primeira pudesse ter a ver com a barragem na segunda ( Almourol com quase o dobro do caudal, depois das descargas de Castelo de Bode e da corrente do rio Nabão).
Aqui importa considerar, que o consumo de água com a agricultura se está a tornar um caso sério ( a gricultura consome dois terços da água disponível).
TUDO boas razões para fazer outro tipo de gestão da água e evitar o desperdício dos tais milhões de hectolitros de água a correr para o mar, como alertava seráfico o autarca de Constância, ao mesmo tempo que esfregava as mãos de contente por já não se fazer a dita barragem da sua criação maquiavélica: a barragem da Fatacinha!
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Portanto, os agricultores que ponham as barbas de molho. Enquanto tiverem água e não pagarem "tornas" pelo que entornam nas suas culturas "consumistas" do precioso líquido...
Claro está, que agora antes das eleições, alguém mandou aquele sujeito do INAG fazer este "papelão" e sossegar as almas ignorantes desta contradição...
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E por falar em contradição, ontem na RTP2 no programa ambiental, enquanto a Quercus se preocupava em colocar a água da barragem do Castelo de Bode livre de poluentes fecais (povoações ribeirinhas sem tratamento de esgotos, ABRANTES nada faz ou quer fazer quanto a isso, nem na Cabeça Gorda...), o facto é que o mais preocupante são os índices de pesticidas encontrados na água, derivados dos tratamentos agrícolas. Ora tomem lá e embrulhem!
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Entretanto, a EPAL desvalorizava esses índices de poluição, pois o tratamento que faz à água da Grande Lisboa eliminava tudo isso, para indignação da Quercus.
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Finalmente, a contradição maior: não está provado de que algum crescimento sustentável de habitações vocacionadas para o turismo não pudessem trazer uma mais valia ambiental e com tudo isso, pagar as obras de saneamento das 17 povoações ribeirinhas (só no concelho de Abrantes), nas margens da albufeira. Tomar continua a construir moddernos aldeamentos na sua margem, fazendo crescer a água na boca à Cuba nas margens de Abrantes ( como se diz em Bioucas e Souto), diante de Miami no lado de Tomar...
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Isto para não falar do incremento à criação de novos postos de trabalho pelos serviços que andam sempre associados aos aldeamentos turísticos...
Algo importante, pelo menos para aqueles que não têm emprego assegurado...
E aqui frisava os autarcas de Abrantes, pelo risco em o perderem antes de poderem invocarem a respectiva reforma...
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Se nas velhas aldeias já não "paga" fazer tratamentos de esgotos, então só resta "taxar" nas obras novas ( como nos aldeamentos turísticos), para no conjunto se recuperarem esses saneamentos.
Caso contrário, continuaremos a ter a mesma poluição a agravar-se por cada dia que passa, quando mais alguma construção nova ( e o POACB, de 2002, admitia quadriplicar o número actual dos habitantes nessas citadas 17 povoações), poderia gerar a reabilitação e a solução plena quanto à poluição fecal e outras.
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Nota: o fundamentalismo ambiental habituou-se a determinadas cantilenas e agora não há meio de dar o braço a torcer...
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É como a CMA a taxar as casas degradadas no Rossio ao Sul do Tejo e em leito de cheia, segundo o PDM...
O que a Câmara devia era dar um "subsídio" como a CE faz com o arranque da vinha e de outras espécies de cultivo, por cada casa degradada que os donos demolissem. E darem-lhe um terreno a preço simbólico para irem construir a casa noutro lado menos afectado pelo PDM... Como faz com as indústrias do Pego e da Mitsubishi...
...E já não fez com a MISERICÓRDIA de ABRANTES...
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Proibir e taxar é mais fácil...