O cargo de Provedor do Munícipe recolhe a sua utilidade teórica diante de uma administração municipal autista, como a que tem regido Abrantes nos últimos quinze anos.
No tempo do Engº Bioucas grosso modo, o verdadeiro "provedor" era o trato fácil e acessível a todos os munícipes praticado pelo própprio Presidente de Câmara.
Surpreende-me que um candidato tenha saltado logo para a ribalta a dizer que ia acabar com "tachos" e depois na primeira esquina, já avançasse com um regulamento para o cargo que foi deixado vago há uns dias atrás.
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Quando o cargo só serve numa administração autista, onde os técnicos e os funcionários não sesentem pressionados pelos superiores a darem respostas nos prazos legais e os vereadores dos pelouros e o presidente não usam o computador para irem logo ver quantos dias é que estão a demorar os processos e quais os processos que entrando depois acabam sempre por recolher respostas mais rápidas.
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Eu não creio em bruxas, mas que as há, há...
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E por fim o cargo para além dessa fantasia de colocar o Provedor a ser indicado pela oposição, o que no limite é mandar um comissário político fazer guerras políticas em vez de ir servir o cidadão.
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Depois o Provedor acaba manietado nos seus poderes se não fizer o jogo de contemporização com o Presidente. O Provedor acaba sempre por "amaciar" os protestos e esvaziar essas reclamações no sentido de contemporizar com o poder local.
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Portanto, o Provedor é um alíbi para o mau funcionamento da autarquia. É um embuste.
A melhoria e a eficácia dos serviços não ganham nada com o Provedor, porque este por muitas reclamações que receba acaba por não consegui-las encaminhar devidamente.
Mais até é contraproducente em muitos casos, ao colocar o Presidente da Câmara ou os vereadores dos pelouros na defesa dos seus subordinados directos.
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O Candidato do PSD errou mais uma vez e acabou por demonstrar que é um Frei Tomás...