Imaginem que estas palavras tinham a superior pretensão de servirem de resposta a alguém...
Imaginem apenas essa hipótese académica, para base da discussão.
Aqui vão os reparos de alguém que não tem lições a receber de inexperientes :
1- Concorrer a eleições é poder perder ou ganhar. E o bom democrata não tem que amuar e ir para casa "amaldiçoar" o povo que lhe foi ingrato. Até sei de alguém a quem assentava que nem uma luva este comentário. Foi colega dele em 2001 e 2005, concorreu duas vezes e perdeu. Como o actual candidato do PSD concorreu duas vezes e acabou por mudar de terra para concorrer a umas autárquicas terceira vez... E não faltam no elenco dessa candidatura pessoas nessas mesmas situações, havendo quem já colecione derrotas desde antes do 25 de Abril ...
2- Portanto o inexperiente autarca autor destas palavras como professor devia ao menos ter o cuidado de saber medir muito bem o alcance das palavras que proferiu e que eu frisei, só para lhe mostrar como na sua imprudência disparou rajadas sobre os seus companheiros de partido, onde não milita, mas acompanha com denodo, como se militante fosse.
3- Bater à porta das pessoas e pedir o voto é uma acção muito digna de frontalidade e de comprometimento pessoal.
4- Ao dizer que se perdesse não voltava a candidatar-se, talvez merecesse fazer uma distinção: no caso de recandidatura ao lugar que ganhou antes, essa postura é legítima e um sinal de bom senso e quando não foi nunca eleito a repetição de uma segunda ou terceira tentativa pode ser entendida numa estratégia de crescimento, principalmente se houver a certeza que a mensagem não chegou a todos por estrangulamento anti-democrático dos canais que não se apresentaram livres e pluralistas.
5- Quanto à inteligência conviria saber se a mesma é mais académica ou mais emocional, porque a primeira pode estar desasjustada para um lugar de acção no terreno e a inteligência emocional( vidé Goleman), é a que melhor traduz a melhor prática de iniciativas criativas e de talento para actuar no terreno e é muito desejada nas empresas pelo enriquecimento que trazem aos quadros das empresas, que bloqueiam quando a inteligência é de natureza maioritariamente académica e propensa à burocratização e ao cinzentismo de ideias, sendo muito usual aferir dessas situações no mundo empresarial norte americano.
6- Mas como vimos há sempre inexperientes capazes de representarem aquele papel muito ao jeito do ditado: diz o rôto ao nú...