«Abrantes fica no centro do mundo, pois todo o mundo fica à volta de Abrantes; na superfície de uma esfera, qualquer ponto é o centro. Por isso, Abrantes é o centro do mundo.
Mas isso é o que se passa com qualquer outra cidade, vila ou aldeia. Não é, por isso, grande vantagem.»
Para além do lado arrevezado desta prosa, o raciocínio é tolo e absurdo.
No limite, extrapolando daquele pensamento, dir-se-ia, que o ponto assinalado algures no deserto do Sará é o centro do mundo, blá, blá, blá...
Agora vejam esta:
« Já lá vão os tempos em que se via que a arquitecta Sara Morgado cuidava da sua e da nossa cidade. Hoje vemos as ruas a tender para o sujo, os vasos de flores a tender para o velho, as mazelas a multiplicarem-se...».
Pois isso só prova quanto artificial era esse cuidado, que em bom rigor deveria ser dito assim: a arquitecta cuidava da nossa cidade como se fosse só coisa sua... Foi ela que ajudou a "matar" essa cidade ao impedir arejamento e renovação.
Lá está a rua do Cano, aquele esgoto a céuy aberto apenas com uma porta para esconder as porcarias da vista dos turistas...
Lá estão as casas "restauradas" e aprovadas por ela ou pelos Serviços que ela superintende, com um e dois quartos de um T3, SEM JANELAS!!!
Sabem o que é ter os nossos filhos em quartos sem janelas?!
Mas isso foi aprovado em nome de uma falsa arquitectura minimalista e sectária, onde o velho não se pode conjugar com o cómodo e o decente...
Finalmente a conclusão desse sábio articulista, que nem faz ideia que há teóricos do urbanismo a dizerem coisas lindas e ele só diz blasfémias.
« Então o melhor mesmo é fazer um muro à volta do centro histórico, fechar a porta e deitar a chave ao Tejo. E mudar o centro urbano para a encosta Norte. Se é que não se mudou já. Aí, pelo menos há vida, iniciativa, crescimento, projecto.
Futuro, portanto».
Perceberam?! Este escriba está já a fazer a propaganda dos futuros "campos de concentração" dos acamados nórdicos...
Aquilo é que é futuro. Pelo menos para o Cemitério de Santa Catarina, vai ser um virote com o sufoco final da Avenida D. João I ...
Ou irão no teleférico?!
POR UMA RAZÃO DE HIGIENE MENTAL AVISEI HOJE o 1ª LINHA que não contassem mais com a minha coloboração numa coluna quinzenal que me foi solicitada pelo Director.
Aliás, a "coluna" não existiu e foi-me dado um espaço em rodapé inferior o que não se afigura em nada idêntico aos representantes dos outros partidos...
Portanto, nestas condições desiguais e à minha custa não vão mais fingir pluralismo editorial...
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007