ABC do muito que para aí se diz
Abrantes precisa de quem a saiba governar. Esta é uma verdade aceite por todos. Porém, 26 % dos eleitores dirão logo de seguida: já temos! Nada que convença muitos jovens instruídos mas sem emprego e muitos desempregados de longa duração. Pois até as obras simples, que davam trabalho, carecem da licença que demora anos.
Noutro “nicho”, que fez da “unanimidade”, o seu modo de vida traindo os 13 % dos eleitores que neles confiou, não tem mais espaço de manobra. Ninguém confia neles para uma coligação. Para cúmulo formaram uma candidatura, onde o lema parece ser o de nunca terem que pronunciar a palavra Abrantes. Pior, o candidato atribuiu a si próprio o epíteto: eu sou o homem do leme! Depois de dizer que ia para Aljubarrota. Se era de barco ou a pé, isso não disse!
Só que num país de marinheiros algo deve andar muito mal, para entregarem o leme a quem não conhece as águas em Abrantes?!
O que muito confirma aquele general romano, quando escreveu (quem sabe se o não fez daqui, de Abrantes) ao grande e impaciente César, de que este é um povo que não se governa nem se deixa governar…
Convirá esclarecer, que esta forma de manifestar apoio ao primeiro estranho, não é nem inocente, nem genuína. É o mesmo apoio de sempre: imorredoiro, impenetrável, impenitente e irreflectido.
Pese as directivas do Papa Bento XVI, quando há um ano pedia maior intervenção dos católicos na cidadania, o PS e o PSD, numa das grandes freguesias fomentaram a disputa eleitoral entre o sacristão e uma catequista. E na principal freguesia da cidade o candidato à junta pediu para que a Câmara não faça mais obras na cidade. Em Rio de Moinhos o autarca da junta, eleito pelo PSD pediu trânsito cortado nas ruas e a Câmara como que por maldade acorreu logo e criou o caos na circulação.
Homens bons de Abrantes digam a este filho e neto de carpinteiros, que com atrevimento vos desafia e que sua mãe o levou ao colo para Lisboa ao encontro do pai, que os esperava numa casa de porteira de um dos muitos prédios que ajudara a construir, digam de sua justiça, como podem homens com mais diplomas mas menos saber do que ele, aceitar que o “homem do leme”, seja alguém que anda há mais de seis meses à procura de tema para poder escrever e falar da terra que se propõe governar e ainda não conseguiu provar a bondade da sua candidatura, ao mesmo tempo que tanto escreve sobre avaliações de professores, advogados e juízes e governantes, e tudo o mais, com um cuidado tão grande apenas centrado em omitir a palavra Abrantes, como se de uma aposta de jogo se tratasse. Expliquem-nos lá…
Sim, há momentos desses, de decrepitude, em que os povos se deixam destruir. Só pode ser essa a razão. A menos que queiram confundir a noite com o dia.
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Borda-d` água do maior rio da península Ibérica e do seu maior rio afluente à direita e de outro Torto à esquerda, no centro geográfico do país, é esta a terra que persiste em se fechar no seu Castelo, como se à sua volta fossem todos mouros e marcar esse fecho no terreno, com uma dúzia de pinos nas entradas dos seus melhores largos do Centro Histórico, deixar o Terminal Rodoviário no poente ou ocaso, como se fosse esse o desígnio da terra, com o seu ponto de fuga, fazendo dessa porta a serventia da casa…
Borda-d` água do maior rio da península Ibérica e do seu maior rio afluente à direita e de outro Torto à esquerda, no centro geográfico do país, é esta a terra que persiste em se fechar no seu Castelo, como se à sua volta fossem todos mouros e marcar esse fecho no terreno, com uma dúzia de pinos nas entradas dos seus melhores largos do Centro Histórico, deixar o Terminal Rodoviário no poente ou ocaso, como se fosse esse o desígnio da terra, com o seu ponto de fuga, fazendo dessa porta a serventia da casa…
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Conto-vos esta: o concelho está refém de gente sem talento para o gerir e arreigado a conceitos e preconceitos cínicos e desqualificados de mais. E num momento em que alguma comunicação social teima em ficar demasiado acantonada e omissa.
Felizmente, que o Director deste jornal, numa heróica missão há mais de quarenta anos a preparar semanalmente cada edição para que o nome de Abrantes chegue a todas as partes do mundo, sabe bem como seu pai (Dr. Manuel Fernandes) obteve as maiores obras com utilidade para a cidade, sem nunca ter sido presidente de câmara. Era quando as obras tinham utilidade e préstimo, para todos e não alimentavam as estatísticas dos mais perdulários. Com a isenção de concurso público a passar para os 5 milhões de euros, de um dia para o outro um qualquer concelho poderá ficar arruinado.
Como confiar mais nos obreiros do Estádio Municipal feito para um clube que acaba de ser suspenso de todas as competições por dois anos, e de uma piscina a funcionar só com uma escola de oito alunos de cada vez, mais um açude algures, no meio do Tejo, mais o Parque de S. Lourenço. Obras que terão que ser postas à venda ou entregues a outras entidades exploradoras, para nos recompensarem dos 30 milhões de euros gastos.
Comparativamente, 34 milhões foi o orçamento municipal para 2009 e só um milhão irá ser distribuído pelas dezanove freguesias. Mas continuamos a poupar uns míseros euros, fechando fontes, mesmo diante da albufeira do Castelo de Bode. É assim com esta crueza, que as questões têm que ser postas. O politicamente correcto somou 30 anos de engodo e logro. Basta!
João Baptista Pico
Conto-vos esta: o concelho está refém de gente sem talento para o gerir e arreigado a conceitos e preconceitos cínicos e desqualificados de mais. E num momento em que alguma comunicação social teima em ficar demasiado acantonada e omissa.
Felizmente, que o Director deste jornal, numa heróica missão há mais de quarenta anos a preparar semanalmente cada edição para que o nome de Abrantes chegue a todas as partes do mundo, sabe bem como seu pai (Dr. Manuel Fernandes) obteve as maiores obras com utilidade para a cidade, sem nunca ter sido presidente de câmara. Era quando as obras tinham utilidade e préstimo, para todos e não alimentavam as estatísticas dos mais perdulários. Com a isenção de concurso público a passar para os 5 milhões de euros, de um dia para o outro um qualquer concelho poderá ficar arruinado.
Como confiar mais nos obreiros do Estádio Municipal feito para um clube que acaba de ser suspenso de todas as competições por dois anos, e de uma piscina a funcionar só com uma escola de oito alunos de cada vez, mais um açude algures, no meio do Tejo, mais o Parque de S. Lourenço. Obras que terão que ser postas à venda ou entregues a outras entidades exploradoras, para nos recompensarem dos 30 milhões de euros gastos.
Comparativamente, 34 milhões foi o orçamento municipal para 2009 e só um milhão irá ser distribuído pelas dezanove freguesias. Mas continuamos a poupar uns míseros euros, fechando fontes, mesmo diante da albufeira do Castelo de Bode. É assim com esta crueza, que as questões têm que ser postas. O politicamente correcto somou 30 anos de engodo e logro. Basta!
João Baptista Pico