Caro Sr. Advogado
Dizem-me e até já li uma queixa de um casal no Primeira Linha, de que o Sr. Advogado é caro. E a forma como o Sr. Dr. Advogado se expressava no último “Primeira Linha” chamando de caro ao ainda presidente da Câmara, mostrava saber do que falava: do que é caro aos abrantinos.
Resolvi dirigir-me a V. Exª mas como não sou advogado, (pois fui um mediano estudante trabalhador, que não foi além do 2º ano de Direito, porque à noite a dor nos braços de durante todo o santo dia pegar no martelo de carpinteiro e de pedreiro e no mais que era preciso, e o ardor na coluna que sempre mantive erguida, mesmo carregando cabazes de fruta do Mercado da Ribeira, ao Cais Sodré, para uma Ford-Transit, madrugada fora, quando ousei abrir um mini-mercado, no tempo de intervalo do desemprego da minha mulher e outros familiares, em Algés), em vez de escrever uma “Carta Aberta”, remeti-me à minha condição de filho e neto de carpinteiros e resolvi expressar-me por uma forma mais humilde, mas que não deixa de ser legítima à luz da Constituição e deste Estado de Direito, que ainda vamos tendo, com a admiração e o espanto de um genuíno e sério “Boca Aberta”. E com este coração bem perto dessa “ Boca Aberta”, vos digo o que me vai na alma.
Descortinei nas suas palavras, não sei se por ironia ou não, pois nunca se sabe quando o faz ou não faz, sabendo-se já, como é o seu modo de estar na vida, o Sr. Dr. Advogado, que já foi presidente de Câmara numa terra cujo nome não escrevo, não vá cometer erro e pôr um “erre” a mais onde não devo, fechava o último texto do “Primeira Linha”, com destaque e a toda a largura da contracapa, solicitando ao ainda presidente da Câmara que lhe “desse”o lugar de “Vereador das Obras”, com a vantagem do autarca poder colher a admiração popular por tirar de lá o “inenarrável VPC” e ainda o louvar pela sua inclusão, que era uma prova de inestimável tacto político pelo sinal inequívoco “ de abertura ao exterior do PS”.
Admirável, Sr. Dr. e mui Caro Advogado, V. Exª que com o Dr. António Bandos, Manuel Dias e Barata Gil foram um dia ao Largo do Rato inscrever esse PS de Abrantes no Partido fundado pelo Dr. Mário Soares, ao vir agora, passado estes anos todos, a querer assumir o papel “exterior ao PS” é um facto ainda mais “inenarrável” do que esse seu “inenarrável VPC”.
E de tão “exterior ao PS” se quis mostrar que logo ao outro dia – não sei se não quis esperar pela “oferta” do ainda presidente ou não... - já estava no “Albergue Espanhol”.
Dizem-me e até já li uma queixa de um casal no Primeira Linha, de que o Sr. Advogado é caro. E a forma como o Sr. Dr. Advogado se expressava no último “Primeira Linha” chamando de caro ao ainda presidente da Câmara, mostrava saber do que falava: do que é caro aos abrantinos.
Resolvi dirigir-me a V. Exª mas como não sou advogado, (pois fui um mediano estudante trabalhador, que não foi além do 2º ano de Direito, porque à noite a dor nos braços de durante todo o santo dia pegar no martelo de carpinteiro e de pedreiro e no mais que era preciso, e o ardor na coluna que sempre mantive erguida, mesmo carregando cabazes de fruta do Mercado da Ribeira, ao Cais Sodré, para uma Ford-Transit, madrugada fora, quando ousei abrir um mini-mercado, no tempo de intervalo do desemprego da minha mulher e outros familiares, em Algés), em vez de escrever uma “Carta Aberta”, remeti-me à minha condição de filho e neto de carpinteiros e resolvi expressar-me por uma forma mais humilde, mas que não deixa de ser legítima à luz da Constituição e deste Estado de Direito, que ainda vamos tendo, com a admiração e o espanto de um genuíno e sério “Boca Aberta”. E com este coração bem perto dessa “ Boca Aberta”, vos digo o que me vai na alma.
Descortinei nas suas palavras, não sei se por ironia ou não, pois nunca se sabe quando o faz ou não faz, sabendo-se já, como é o seu modo de estar na vida, o Sr. Dr. Advogado, que já foi presidente de Câmara numa terra cujo nome não escrevo, não vá cometer erro e pôr um “erre” a mais onde não devo, fechava o último texto do “Primeira Linha”, com destaque e a toda a largura da contracapa, solicitando ao ainda presidente da Câmara que lhe “desse”o lugar de “Vereador das Obras”, com a vantagem do autarca poder colher a admiração popular por tirar de lá o “inenarrável VPC” e ainda o louvar pela sua inclusão, que era uma prova de inestimável tacto político pelo sinal inequívoco “ de abertura ao exterior do PS”.
Admirável, Sr. Dr. e mui Caro Advogado, V. Exª que com o Dr. António Bandos, Manuel Dias e Barata Gil foram um dia ao Largo do Rato inscrever esse PS de Abrantes no Partido fundado pelo Dr. Mário Soares, ao vir agora, passado estes anos todos, a querer assumir o papel “exterior ao PS” é um facto ainda mais “inenarrável” do que esse seu “inenarrável VPC”.
E de tão “exterior ao PS” se quis mostrar que logo ao outro dia – não sei se não quis esperar pela “oferta” do ainda presidente ou não... - já estava no “Albergue Espanhol”.
Refiro-me a esse “nicho de mercado local ou montra”, dessa candidatura de tão forte “marca amorosa”, que deixando cartões de Pai Natal às portas, logo arrastou atrás de si um inspector de polícia… Vejam bem!
Concordo que só os burros, é que não mudam. Eu sei que sou suspeito, porque já mudei de partido. É verdade! Mas não mudei de terra, para ser candidato a uma autarquia diferente. Fui sempre candidat à mesma terra, que por sinal é mesmo a minha terra natal.
Assim outros pudessem dizer o mesmo. Mas deixe lá, Sr. Dr., que já anda para aí quem não saiba de que terra é e tenha anunciado não sei quantas mais como sua.
Agora só não percebo o Sr. Dr., que tanto criticou esses políticos que saem das “jotas” e outros que andam de “tacho” em “tacho” sem nunca criarem nome e obra, se tenha aconchegado nesse “nicho” entre um “jota” sem saber escrever uma carta que não seja plagiada ou ditada por alguém Mestre na cultura e esses outros “rapa-tachos”, que só porque não mudaram de partido, todos os Santos Natais têm abocado um tacho novo… São mais que muitos aí no “nicho”, que a minha boca se irá manter aberta por muito mais tempo…
Concordo que só os burros, é que não mudam. Eu sei que sou suspeito, porque já mudei de partido. É verdade! Mas não mudei de terra, para ser candidato a uma autarquia diferente. Fui sempre candidat à mesma terra, que por sinal é mesmo a minha terra natal.
Assim outros pudessem dizer o mesmo. Mas deixe lá, Sr. Dr., que já anda para aí quem não saiba de que terra é e tenha anunciado não sei quantas mais como sua.
Agora só não percebo o Sr. Dr., que tanto criticou esses políticos que saem das “jotas” e outros que andam de “tacho” em “tacho” sem nunca criarem nome e obra, se tenha aconchegado nesse “nicho” entre um “jota” sem saber escrever uma carta que não seja plagiada ou ditada por alguém Mestre na cultura e esses outros “rapa-tachos”, que só porque não mudaram de partido, todos os Santos Natais têm abocado um tacho novo… São mais que muitos aí no “nicho”, que a minha boca se irá manter aberta por muito mais tempo…
Qual será a próxima surpresa Vossa, Sr. Dr.?
Sewrá que ainda o vou ver a acotovelar-se com esses seus parceiros, pelo lugar à frente na lista?!
Conte-nos já, Sr. Dr. que eu não aguento mais esperar. Vá lá conte-nos, que eu continuo ainda de boca aberta.
...
Atentamente
Pico do Zêzere
( João Baptista, humilde filho de um Carpinteiro e de uma Senhora que foi porteira em Benfica, Lisboa)