Desviar o trânsito para o Vale da Fontinha significa isolamento do Centro Histórico.
Em Outubro passado passei uns dias no Alentejo e verifiquei como a cidade de Évora evitou os cortes de ruas ao trânsito e os pinos. Antes de chegar da radial à rotunda que antecede a Praça do Giraldo, depara-se imenso estacionamento em terra batida, onde há a Feira e Mercado Semanal.
Naquele dia havia feira e faltavam os estacionamentos. Segui até à Praça do Giraldo e achei que valia a pena parar mesmo. De imediato, vi nas traseiras um parque de estacionamento subterrâneo.
Se me têm desviado do centro, era certo e sabido que só dificilmente recuaria para vir ao Centro de Évora. E teria dispensado aquela visita.
Isto para dizer e provar como é necessário entrar minimamente nos Centros Históricos, com o volante nas mãos. Pode ter os seus inconvenientes ambientais, mas é um risco que se tem que enfrentar.
Certo ou errado, é essa a condição necessária para quem visita uma cidade. Primeiro há que espreitar. E sentir a atracção convidativa e suficientemente forte, que faça o visitante largar o volante e sair do carro, desde que haja estacionamento por perto.
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DESVIAR o trânsito pelo Vale da Fontinha não é boa opção. Arriscamo-nos a que os visitantes já não subam na rotunda do Hospital, principalmente, se passarem os apertos do Mercado Semanal ou da Feira de S. Matias...
E esse desvio implicando o corte do trânsito diante da actual entrada do Mercado Diário e do acesso para o Largo/Esplanada 1º de Maio mais faz temer o afastamento dos condutores e a diminuição dos visitantes ao Centro Histórico.
A proposta da Candidatura do Abrantes Popular de abrir o trânsito em todas as ruas do Centro Histórico visa por algum excesso, repôr psicologicamente, o efeito atractivo já há muito desaparecido. Há que dar liberdade de iniciativa e de escolha aos munícipes e aos visitantes em geral.
Algum sufoco inicial e algum engarrafamento serão inevitáveis. Mas só assim se poderá quebrar esse "isolamento".
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A RUA de ANGOLA se recolher no seu topo as entradas de várias opções de estacionamento, desde o espaço do Parque de Jogos Dr. Rogério Ribeiro, às traseiras da Tapada do Chafariz, aos logradouros da antiga Coreba ( que tem uma entrada em túnel pela Rua D. João IV), ao espaço do próprio ex-Tribunal do Trabalho,( aqui está uma boa opção para a CMA comprar o edifício que irá ser posto à venda pelo Ministério da Defesa e o mesmo se diga de alguma dessas moradias a sul da Rua de Angola, para melhor acesso às traseiras da Tapada do Chafariz...), já seria a melhor forma de desvio de trânsito frente ao Largo 1º de Maio e ao Mercado Diário.
E o topo da Rua de Angola confina com as traseiras dos Paços do Concelho, e representa o melhor estacionamento estratégico para o Cenytro Histórico.
A ex-Esquadra da PSP entre a Rua Grande e a Rua dos Oleiros, mais a ex-sede da Junta de S. João estão implantadas num espaço importante, que merecia ser enquadrado com um estacionamento subterrâneo para os visitantes e utentes da Câmara e não só...
Contas por baixo: mais de 500 lugares de estacionamentos nestes dois casos.
Os acessos ao Centro Histórico resolvem-se assim. Sem grandes complicações e sem afastar ninguém...