FONTES, 28,12 km2 de área quase toda em agro- florestal e reserva ecológica ardidos, vale 28,12 milhões de euros: 1 € o m2

Um terreno com 5 000 m2 aqui nas Fontes não vale mais de 5 mil euros;
Quando facilmente reunimos 1.500 proprietários c/ pelo menos 2 parcelas de terreno que somadas juntavam esses 5 000 m2.

Continuando esse raciocínio, essas 1500 propriedades de outros tantos proprietários ou famílias de proprietários em herança indevisa totalizavam 7,5 km2, área esta que é cerca da quarta parte da área de toda a freguesia, no caso, 28,12 km2.

Até à aprovação do PDM em 1995, era viável construir uma casa de habitação, promover uma quintinha, uma unidade de turismo rural numa dessas 1 500 propriedades facilmente emparceladas nessa dita área dos 5 000 m2 ou seja, meio hectare ou o mesmo é dizer, um campo de futebol de 100m x 50 metros.

Até à aprovação do PDM esses 7,5 km2 ( as 1.500 parcelas de 5.000 m2), cerca de um quarto da área da freguesia cujo total é de 28,12 km2, poderiam valer apenas o dobro dos outros três quartos da freguesia. Era uma proporção equilibrada de 1 para 2.

Até à aprovação do PDM em 1995, a relação de preço dessas tais propriedades com potencialidade construtiva ( tinham uma estrada a cruzá-las e luz perto...) em relação a igual terreno nas imediações da zona urbana da cidade estava numa proporção de 1 para 2. Isto é na periferia da cidade de Abrantes os terrenos perto de estrada valeriam o dobro de outro terreno perto de estrada que se situasse nas Fontes.

Este exemplo de preços vale grosso modo, para as Fontes como para outra qualquer das 12 freguesias ditas rurais.

Tudo isto resumido, temos o m2 a valer hoje nas Fontes ou noutra das 12 freguesias rurais 1 € por m2, nessas propriedades com melhor proximidade às estradas agora alcatroadas. Dir-se-ia, ironicamente, alcatroadas para quê?!

Na Encosta Sul o preço do m2 pode valer 120 €, donde os 5.000 m2 que nas Fontes valerão 5.000 euros poderão valer 600 mil euros na Encosta Sul ou noutras partes de S. Vicente, como o Paúl, Srª da Luz, Abrançalha, S. Lourenço, Samarra ou Chainça, pesem todas as assimetrias ainda aí possíveis e diferenciáveis.

PORTANTO à proporção de preços em 1995, de um para dois passou-se para a brutalidade da proporção de UM para CENTO E VINTE VEZES MAIS!!!

É POR AQUI QUE TEMOS QUE SEGUIR PARA EXPLICAR OS ÍNDICES DE DIMINUIÇÃO DA POPULAÇÃO NAS FONTES, na ordem dos 36 % entre os CENSOS de 1991 e 2001...

AFINAL de como se pode morrer na miséria, a cavar batatas o resto da vida...
PDM para que te quero...

P. S. : Os naturais das Fontes, ainda vivos e maiores de idade, serão seguramente o triplo dos mil eleitores do caderno eleitoral, entre os quais poderá haver 1.500 ( cálculo por baixo), com uma ou duas propriedades que totalizam os 5.000 m2, nas proximidades de estrada ou rua alcatroada;
Se esses seus terrenos valessem tanto como na Encosta Sul ou noutra parte nobre da cidade, seguramente o património desses 1.500 proprietários valeria hoje os 900 MILHÕES de euros e não apenas os 7,5 milhões de euros.

Isto para ocuparem com construções nesses 7,5 Km2 apenas qualquer coisa como 2,5 km2 de construções entre os 28,12 km2 da área da freguesia das Fontes, menos de um décimo da área total dessa freguesia.

Nas Mouriscas esses mesmos 2,5 km2 dos 35 km2 da área da freguesia representariam menos de um décimo.

Assim não admira que haja DESERTIFICAÇÃO...

EXTRAPOLANDO, com 12 freguesias como as Fontes, estamos a falar de um concelho "empobrecido" em mais de DEZ MIL MILHÕES de EUROS!
A miséria do concelho tem um nome: PDM!
E os seus autores sabem-no bem...