E com um "lugarzito" em mira, no Museu de Arqueologia...
As homenagens dão jeito... Favores...
Eu nunca pediria 2.500 euros à Câmara, enquanto director de uma empresa multinacional, para patrocínio de uma festa de gala. Impensável, comprometer a vereadora do pelouro, minha familiar directa. Pensaria, isso sim, nas muitas festas que fiz e vi fazer por essas freguesias fora, sem patrocínios municipais. Apenas com rifas, para sortear carneiros e electrodomésticos.
Eu nunca faria a permuta de uma urbanização municipal no centro da cidade, com valor estimado em 7,5 milhões de euros, por duas velhas quintas, para numa delas cultivar alimentos para as borboletas, diante de um concelho cheio dos desumanos e acintosos placards do “ Banco Social”.
Eu sei, do modo de vida de trabalhar e fazer obras que já começaram nos meus bisavós. Passaram aos meus avós, uns carpinteiros outros serradores, que ousaram fazer a pé o percurso que demorava dias de caminhada até Lisboa. Um punhado de farinha retirada do bornal e cozida por essa borda de água fora, era o único alimento à mão. Meses depois, no regresso, lá compravam mais um pedaço de terra para garantir aos filhos um futuro melhor. Essa crença alimentou todo o verde, que não conheceu o fogo criminoso.
Mais tarde, já com carro, e com os meus pais, a minha mulher e os meus filhos cada minuto ganho numa ultrapassagem era a vitória por horas ganhas entre os nossos, a puxarmos pelas nossas pujantes aldeias.
Sofro com este PDM, ao pensar nos meus avós e no meu pai. Alguns maldosamente, disseram que eu só queria construir nas hortas. O PDM visava acabar com a especulação imobiliária nos meios urbanos. Em Abrantes, o PDM fomentou a especulação na cidade.
Eu nunca faria a permuta de uma urbanização municipal no centro da cidade, com valor estimado em 7,5 milhões de euros, por duas velhas quintas, para numa delas cultivar alimentos para as borboletas, diante de um concelho cheio dos desumanos e acintosos placards do “ Banco Social”.
Eu sei, do modo de vida de trabalhar e fazer obras que já começaram nos meus bisavós. Passaram aos meus avós, uns carpinteiros outros serradores, que ousaram fazer a pé o percurso que demorava dias de caminhada até Lisboa. Um punhado de farinha retirada do bornal e cozida por essa borda de água fora, era o único alimento à mão. Meses depois, no regresso, lá compravam mais um pedaço de terra para garantir aos filhos um futuro melhor. Essa crença alimentou todo o verde, que não conheceu o fogo criminoso.
Mais tarde, já com carro, e com os meus pais, a minha mulher e os meus filhos cada minuto ganho numa ultrapassagem era a vitória por horas ganhas entre os nossos, a puxarmos pelas nossas pujantes aldeias.
Sofro com este PDM, ao pensar nos meus avós e no meu pai. Alguns maldosamente, disseram que eu só queria construir nas hortas. O PDM visava acabar com a especulação imobiliária nos meios urbanos. Em Abrantes, o PDM fomentou a especulação na cidade.
Um terreno para uma casa na cidade, que em 95 valia 200 contos, passou a valer cem vezes mais( 20.000 contos). Igual terreno nas aldeias, que valia 100 contos, passou a ser pasto das chamas. Ninguém os vende, porque já ninguém compra pinhais. Mesmo as ZIF, queriam os pinhais dados. E, verem os donos com uma mão atrás e outra à frente.
Nas Fontes, 35 % da população desapareceu em 10 anos. Mas, se os primeiros mil fontenses, regressassem um dia destes, o PDM não os deixava construir. Mil terrenos apenas, com viabilidade construtiva, valiam metade desses 20 mil contos que pedem na cidade: 10 milhões de contos mais, no património de cada freguesia. Foi assim que empobreceram as nossas aldeias. Onde a água custa o dobro de Lisboa, mais o saneamento, que não têm. Nas margens ribeirinhas como a Cabeça Gorda, onde está a captação de água para todo o concelho, deixei eu a proposta na mesa da vereação, para uma cobertura da rede esgotos, nos 100 %, como ponto de honra ambiental.
Em S. Domingos, na estrada entre o Carvalhal e as Fontes, a rua principal separa o concelho de Abrantes, do concelho do Sardoal. A mesma rua, separa também a propriedade de um velho aldeão: duas metades para cada um dos lados da rua. Os netos, na sorte do Sardoal, aprovaram quatro moradias. Na outra metade do lado de Abrantes, o PDM não deixou o outro herdeiro construir nada. A estrada alcatroada pagou-a a Câmara de Abrantes, para os moradores do Sardoal. Assim este concelho não vai longe.
Nas Fontes, 35 % da população desapareceu em 10 anos. Mas, se os primeiros mil fontenses, regressassem um dia destes, o PDM não os deixava construir. Mil terrenos apenas, com viabilidade construtiva, valiam metade desses 20 mil contos que pedem na cidade: 10 milhões de contos mais, no património de cada freguesia. Foi assim que empobreceram as nossas aldeias. Onde a água custa o dobro de Lisboa, mais o saneamento, que não têm. Nas margens ribeirinhas como a Cabeça Gorda, onde está a captação de água para todo o concelho, deixei eu a proposta na mesa da vereação, para uma cobertura da rede esgotos, nos 100 %, como ponto de honra ambiental.
Em S. Domingos, na estrada entre o Carvalhal e as Fontes, a rua principal separa o concelho de Abrantes, do concelho do Sardoal. A mesma rua, separa também a propriedade de um velho aldeão: duas metades para cada um dos lados da rua. Os netos, na sorte do Sardoal, aprovaram quatro moradias. Na outra metade do lado de Abrantes, o PDM não deixou o outro herdeiro construir nada. A estrada alcatroada pagou-a a Câmara de Abrantes, para os moradores do Sardoal. Assim este concelho não vai longe.