SER CANDIDATO À CÂMARA exige outra postura. O exemplo dado através do blogue da Candidatura do PSD contraria e nega tudo quanto se esperava de uma candidatura que quer ser credibilizada como OPOSIÇÃO. Isto tem que ser dito, para marcar diferenças e apurar a excelência que os eleitores não podem ignorar.
Não há que ter medo do confronto responsável, porque o beneficiário é em primeiro lugar o eleitorado. Não façamos é de conta, que nada se passa. Essa estratégia só aproveita aos incompetentes e aos candidatos mal preparados para o efeito. Abrantes precisa dos melhores, dos mais capazes e dos mais experientes na vida municipal, porque é desse desempenho competente e criterioso que se gera o desenvolvimento. Aqui não contam os sorrisos e as palmadinhas das costas, com cinismo a rodos. Os abrantinos, parafraseando o Prof. Adriano Moreira, em relação aos portugueses em geral, precisam que lhe digam as verdades e lhe apontem os caminhos. Não que os tornem cúmplices das incapacidades e das falácias dos políticos, que fingem ouvir e satisfazer a todos, para terem a desculpa para nada fazerem, não vá contrariar alguém... E há sempre alguém do contra, para servir de bode-expiatório.
Oiçamos o relato sucinto:
Armando Fernandes, (PSD) e coordenador na Assembleia Municipal, falou sobre o papel fiscalizador da Assembleia Municipal, onde exemplificou de maneira clara e sintética as qualidades que o deputado municipal deve ter – competência, capacidade de reacção, conhecimento profundo dos dossiers – e os cuidados na preparação das suas intervenções.
Não nego alguma habilidade política ao deputado em causa, com quem privei em muitas reuniões, nem sempre pautadas pela sintonia de opiniões, pois as minhas observações muito terra a terra, contrariavam o lirismo de algumas apostas desse deputado. A intolerância da sua parte acabou por nos afastar definitivamente. E já não teve aí a abertura de espírito inicial, quando em 2001 me propôs que passasse de nº quatro para nº três da lista PSD à Câmara. E se mais não subi, foi porque o nº2 era o seu próprio cunhado, o 4º da lista de 2005 e actual vereador substituto, João Salvador. Um pormenor, que nunca é demais recordar para situar a verdade das coisas...
Mais importante: tirando o líder da bancada PSD Armando Fernandes, mais ninguém sabe preparar as suas intervenções, e o nº dois, o nº três e o nº quatro da lista à Assembleia Municipal eleitos em 2005, não fizeram uma única intervenção na dita Assembleia Municipal, tendo um deles, estado uma reunião inteira a ouvir os relatos de futebol, com um auscultador na última fila da bancada...
Uma coisa é o que se diz e outra o que se pratica.
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Outro exemplo
José Moreno, vereador na Câmara Municipal de Abrantes, salientou o papel passivo dos cidadãos em relação às decisões dos órgãos autárquicos e sublinhou a falência total dos actual modo organizativo da autarquias, sugerindo a sua alteração tão rápida quanto possível, através da revisão urgente de Lei das Autarquias.
José Moreno, vereador na Câmara Municipal de Abrantes, salientou o papel passivo dos cidadãos em relação às decisões dos órgãos autárquicos e sublinhou a falência total dos actual modo organizativo da autarquias, sugerindo a sua alteração tão rápida quanto possível, através da revisão urgente de Lei das Autarquias.
Um vereador que nos habituou a votar sempre em unanimidade com o PS e a deixar uns recados sobre valetas, buracos e sinais de trânsito derrubados, não pode vir dizer uma coisa cá fora e praticar o inverso lá dentro, e ainda por cima acusar os cidadãos de passividade(!!!).
Para culminar esse encontro PSD, Santana Maia realçou algumas das características que um Presidente da Câmara Municipal deve reunir, ( que não entendi muito bem...), realçando que os governantes devem dar o exemplo, sempre e em todas a circunstâncias, e, nessa linha, referiu a vergonha que configura para todos o nova lei do financiamento dos partidos, esperando, por isso, que o Presidente da República não a aprove, para transmitir à população um sinal de que também os políticos devem ser solidários com o tempo de crise que se vive.
Para culminar esse encontro PSD, Santana Maia realçou algumas das características que um Presidente da Câmara Municipal deve reunir, ( que não entendi muito bem...), realçando que os governantes devem dar o exemplo, sempre e em todas a circunstâncias, e, nessa linha, referiu a vergonha que configura para todos o nova lei do financiamento dos partidos, esperando, por isso, que o Presidente da República não a aprove, para transmitir à população um sinal de que também os políticos devem ser solidários com o tempo de crise que se vive.
ENTÃO um candidato a Presidente de Câmara não deveria antes, apresentar propostas e delinear estratégias e apontar caminhos para o seu concelho, mesmo quando não é de Abrantes, em vez de dar palpites para o que o Presidente da República deve fazer numa questão partidária, que o seu partido também aprovou em sentido contrário à sua própria opinião?!
Era isto o que os candidatos e os fregueses mais precisavam de ouvir de um líder?!