Quem tramou a Medroa e a isolou da Amoreira, de Martinchel, da Aldeia de Mato e de todos?

Esta estrada que unia o que hoje separa, - Medroa e Amoreira - não pode ser o resultado de um PDM consciente, sério e ferramenta de um bom ordenamento. Uma vala a meio da estrad com um metro de fundo, não é nada agradável, nem que se deseje a ninguém. Mas existe e nunca ouvi os autarcas do PSD da Aldeia de Mato ou de Rio de Moinhos a protestarem por isto.
Nem vejo os candidatos a descerem com o povo a estes sítios demasiado agrestes, mas com imensa potencialidade.

A vinha verdejante é o sinal de resistência de um dono, que o José sabe ser a luta do seu pai, quando ao fim de um dia de trabalho no emprego, ali vinha acrescentar a sua mais-valia manual e pegando numa enxada, lá desbravava mais uns metros de terra.

Então, que podia ter feito a Câmara para inverter esta situação, destes vastos hectares que se desenham por este e outro vale em mais de 4 km de comprimento e em 200 metros de largura - EXACTAMENTE, cerca de 80 HECTARES de terreno com aptidão para horta e para Olival de regadio?!

Poderia comprá-lo e dar de renda a exploração desse olival. Poderia preparar a construção de dois ou três açudes nos vales laterais, que caiem sobre este percurso.

Seria uma estátua de Charters de Almeida a menos e um Jardim das Borboletas em espera.

Mas teria sido um sinal de REVITALIDADE transmitido às populações próximas, quiçá a todo o concelho.

As populações da Medroa, da Amoreira, de Rio de Moinhos e da Aldeia de Mato a que pertence a Medroa, aos vizinhos de Martinchel, todos esses residentes, ausentes e descrentes na sua terra
de que Abrantes ainda podia sonhar...

Imaginem que a Câmara fixava por perto um núcleo de urbanização municipal, para revitalizar umas quintinhas, na abandonada povoação da CASINHA, - a meio caminho de quem desce da Medroa para a Amoreira - onde ainda resistem meia dúzia de casas erguidas e outras tantas abatidas e em ruínas.

Era um sinal de que 80 hectares no vale e mais outro tanto na meia encosta, não tinham necessariamente que formar abandonados campos para matagais, os combustíveis dos incêndios, que já várias vezes isolaram e ameaçaram a Medroa, Amoreira e toda a gente em redor.

O abandono só atrai abandono. E este só traz desertificação.

A Câmara tinha a obrigação de intervir e pugnar para que as populações se estimulassem na defesa ambiental. É este trabalho que está por fazer. E que os demais candidatos não serão capazes de levar por diante. Esses candidatos preferem tirar fotos debaixo dos alpendres de um clube com um ou outro dirigente de chaves nas mãos, feito o mordomo ou o porteiro...

O FUTURO MORA EM ABRANTES.