Como se pode entender, que um alto dirigente tenha "instrumentalizado" dois candidatos pelo CDS de Abrantes para iniciar conversações com o candidato adversário?
Como de resto, um desses dois candidatos (ex-candidatos), já divulgou na comunicação social, dando conta do entendimento com essa Distrital, na questão da iniciativa de conversações.
Então, daqui é pertinente desconfiar desta situação, admitindo outras suspeitas que nos mostram como há um caminho muito estreito e curto entre esses entendimentos que nos podem conduzir a uma conjura deliberadamente assumida.
Como se pode entender, que aberto o diferendo e reconhecida por todos as incompatibilidades da continuidade de ambos no seio da candidatura e querendo os dois apresentar a sua demissão por escrito - porque verbalmente, essa demissão foi pedida pelos próprios via telemóvel - surja um dirigente de fora, com o peso e o estatuto da Distrital, a "EXIGIR" que estes nada assinassem no sentido de formalizarem por escrito o seu pedido de demissão já repetidamente formalizado verbalmente?!
Ainda ontem um deles me dizia que ia já mandar o email e até hoje nada. O outro disse que mandava um fax do escritório da sua fábrica, pois era essa a sua vontade, mas que antes teria que conferenciar e "aconselhar-se" com esse dirigente da Distrital, porque este sempre lhe dissera para não assinar nada. Ou seja, a vontade dele nada valia... Estes abrantinos deixaram-se "instrumentalizar" por alguém estranho ao concelho. Isto é intolerável. Não abona a favor desses individúos, como bons candidatos municipais por Abrantes.
Felizmente que o Partido tem outros dirigentes a nível nacional, que já anularam todas as veleidades distritais.
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Depois disto, só falta mesmo descobrir, se a razão do ex-candidato à presidência da Concelhia do CDS de Abrantes ( o candidato derrotado em Março de 2007) de ter aderido à Comissão de Candidatura do PSD em Novembro de 2008 ( desde essa altura que figurava no blogue dos apoiantes do PSD um nome e apelido homónimos dos desse ex-candidato, que só passou ao nome completo em Janeiro de 2009) e de este ex-candidato e na altura ainda militante CDS ter estado na apresentação do respectivo candidato PSD em Outubro de 2008, na sede do PSD em Abrantes, não poderia ser também outra "instrumentalização", já que esse ex-candidato derrotado nas urnas era até então, o vogal à Distrital.
Só mais um detalhe nesta "trama" que Abrantes é muito useira e vezeira: uma hora antes do encontro desses dois candidatos do CDS no escritório do candidato PSD era esse ex-candidato derrotado, quem me telefonava "dizendo-se admirado porque constava pela cidade de Abrantes que eu teria pedido a demissão e já não era mais candidato à Câmara, confirmando que a fonte da notícia fora de alguém próximo do PSD...".
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Ele há cada coincidência, que nunca seria demais que as suspeitas fossem surgindo e alimentando um estranho "puzzle"...
Há aqui três "peões" amigos em Abrantes e um quarto na Distrital. Todos gostam de fomentar alianças, seja a que preço for, com o PSD. Alguns ingénuos pensam que isto de coligações é tudo uma questão de somar votos. Enganam-se.
A aritmética eleitoral é outra. Uma coligação tanto soma votos, como repele aderentes que sentem imediatamente que não é com "albergues espanhóis" que se chega à vitória. É preciso haver VERDADE e ELEVAÇÃO e ÉTICA.
A "instrumentalização" nunca foi futuro para nada, nem para ninguém.
Quem mais uma vez quiz tramar a Candidatura do CDS?
É que há famílias que gostam de arrogar a si direitos que não lhes pertencem.
Exemplos desses já vêm de trás.
Em 17 de Agosto de 1808 com os franceses em debandada, foram chamados diante do capitão vindo da Sertã para libertar Abrantes, dois vereadores Srs. Ataíde e Sr. Burguete, para tomarem conta da Administração do Concelho, como bem relata José Acúrsio das Neves.
Em 1813, eleito o Capitão José Delgado Xavier casado com uma senhora, antepassada e familiar minha, residentes no Souto, tendo sido eleito para vereador, não lhe foi conferida a posse, porque não era bem aceite pelos demais pares da cidade, porque o Capitão Xavier vinha do Souto. Valeu-lhe a carta que o irmão, juiz de fora em Abrantes, Dr. João Delgado Xavier, fez chegar em petição à Marquesa de Abrantes, que logo repôs a ordem e fez cumprir as eleições.
Estas coisas já vêm de trás. Muito de trás...
A justiça dos factos é, e sempre foi, como o azeite em água...