Talvez haja quem em tempos tenha protestado em Veneza, contra aquela torre que descaracterizou a paisagem...
Talvez. Mas se o fizeram andaram errados.
Como errados estão os politólogos do PSD, que querem "rasgar" o projecto...
TOPAM?!
Quanto ao meu caso, que será mais um caso de como os abrantinos não podem mandar nos seus próprios destinos, as notícias "servidas" foram de uma "manobra desinformativa" a todos os títulos dignas, não de Abrantes, mas mais de uma Sicília....
MAS DEUS EXISTE...."O mal da Justiça é ter-se transformado no receptáculo passivo e silencioso de políticas desastrosas, carregando o ónus de a sua própria imagem ser atirada para a valeta por estratégias de puro marketing político. Talvez fosse a hora, em tempo de agudo ciclo eleitoral, de dizer um sonoro basta!" (de Eduardo Dâmaso, sub-director do Correio da Manhã)
Basta o quê? Os erros dos políticos? Só?E os dos jornalistas que desinformam e pervertem quotidianamente, o sentido da opinião pública sobre estas questões?
O jornalismo português, mormente o do Correio da Manhã, aparece frequentemente como a fonte de notícias negativas sobre a "Justiça", através de uma informação pouco ou nada rigorosa, tendenciosa em boa parte dos casos e no final de contas contribuindo líquida e eficazmente para este estado de coisas a que chegamos.Eduardo Dâmaso é um jornalista experimentado nesta área. Frequenta desde há muito, os corredores dos bastidores da máquina judicial, tem apreciado processos concretos e conversado com magistrados e polícias. Sabe geralmente do que escreve quando apresenta um assunto judiciário.Tem falado publicamente e escrito de igual modo, sobre os fenómenos de Justiça com alguma acuidade que não é lugar comum nos seus colegas de profissão.
Então, porque não se debruça também, por escrito, sobre o papel tremendista e os sucessivos abalos telúricos na credibilidade das instituições e pessoas que as lideram, com epicentro na redacção dos jornais e demais media? Sempre que uma noticia jornalística que envolva casos judiciais enfrenta a realidade judiciária, normalmente é para lhe desgastar prestígio e credibilidade. Numa boa parte dos casos, de modo injusto, impreciso, incorrecto, faccioso até.
Posso supor e compreender que isso acontece por necessidade jornalística de apresentar notícias que vendam jornais.Não posso aceitar que esse comércio se faça à conta de mau jornalismo e de errónea percepção de realidades, contextos e explicações.Por isso mesmo, ao papel dos legisladores, aplicadores e até sujeitos processuais, deve acrescentar-se um factor de relevo no panorama geral da "crise da Justiça": o papel dos media.
.Por uma simples razão que pouco tem a ver com a função do mensageiro: os media, em Portugal e neste campo, raramente explicam como deve ser;
raramente apresentam o problema do ponto de vista correcto para o leitor julgar por si e raramente se abstêm de comentário e opinião implícita no modo como escrevem a notícia ou reportagem.
.Em suma: os media têm grossa responsabilidade no modo como "a crise da Justiça" é percepcionada pelos cidadãos em geral. (in blogue Portadaloja)...