Isto não contando com aquela medalha de ouro da cidade a José Sócrates, sem que alguns vereadores soubessem ou estivessem presentes...
Moita Flores acabou por desiludir. Prometeu castigos. Afinal quem merecia castigo era a sua própria negligência pessoal: um presidente da Câmara, ao fim de quatro anos já tinha a obrigação de ter em seu poder, todas as certificações e inspecções aos abastecimentos de água e à natureza das obras que rodearam essas captações, que deveriam ter um projecto de certeza absoluta...E prevenido atempadamente todos estes casos.
Em Pernes nos anos 80 teria ficado o respirador do "furo" a descarregar para a conduta do esgoto. Era óbvio que num entupimentro dos esgotos, o respirador ou descarga do "furo" poderia sofrer retorno das águas russas do esgoto. Uma vistoria de rotina teria que detectar esta anomalia no decurso destes quatro anos e bem assim desde 1980 para cá outras tantas negligências ocorreram.
O povo sabe bem no que dão certas misturas. Ainda por cima com esgotos...
O país não começou ontem. Tem 900 anos de História. Já tem autarcas e técnicos há muitos anos. Com este mau exemplo, Moita Flores deu uma péssima imagem dos autarcas. E fez realçar que não basta vir para as televisões. É preciso saber comandar os funcionários e determinar-lhes as tarefas. Como estão os serviços a decorrerem, e um a um. Exigir responsabilidades, mas não só para "inglês ver"...
Moita Flores não percebe nada de obras. Mas também não consta que tenha exigido para junto de si quem perceba de obras. E muito menos, quem as soubesse fiscalizar a tempo e horas. Esta contaminação denota um total desvario pelos Serviços Municipalizados locais.
E nós por cá?!
Quando há roturas, os SMA bem empurram para cima do consumidor a despesa. Entre o contador e a conduta, o ramal é propriedade do consumidor... Uma ardilosa faceta...
Mas se o consumidor escapar dessa armadilha, já não escapa de pagar os desperdícios de água - mais de 40% da água em rede perde-se em fugas - pois a factura vem.lhe chegar a casa a dobrar. brantes paga em dobro, o que outros concelhos cobram pela metade!!!
E NO HOSPITAL de Abrantes, afinal como é ?!
Talvez a falta de água crónica no Centro Histórico possa ter a ver com as " ilegalidades" cometidas no abastecimento directo da água da rede ao Hospital de Abrantes, por obra e graça de um seu ex-chefe de manutenção e famoso "expert" em saúde...
Afinal, aquele depósito construído paredes meias com o cemitério de S. João - de criar arrepios, face à possibilidade de contaminação das águas, dada a estranha contiguidade - está ou não está a fornecer água ao Hospital, como constava do projecto e traçado de águas?!
É que um "consumidor" tão poderoso a receber a água directamente da conduta na parte baixa da cidade, esvazia a rede do abastecimento e faz perder, toda a necessária pressão para o abastecimento normal à população. Tudo para poupar uns euros com o equipamento de bombagem à pressão, que faz parte do equipamento do próprio hospital. Um dia destes, diante de uma grande rotura, é que se vai ver como fazer chegar água suficiente ao hospital. Pese a má localização do depósito - paredes meias com o cemitério de S. João - há contudo, uma grave lacuna pelo meio de toda esta ardilosa e temerária situação.
Pois é, o presidente Moita Flores não veio ajudar nada com o seu mau exemplo. É isso que faz questionar, se candidatos como ele, não seriam melhor aproveitados para as novelas da SIC...
Digam lá, os eleitores também não são muito culpados nas escolhas que fazem?! Um ficcionista de telenovelas da TV tem as habilitações para autarca?