A primeira "grande entrevista", não foi tanto, como seria de esperar numa presidente de Câmara. Foi mais, à candidata do PS, que começou em 23 de Janeiro à procura do concelho de Abrantes, onde dois anos antes havia substituído o delfim do anterior presidente, como vereadora. Essae a história de um concelho, sem eira nem beira.
Um concelho, onde o Cónego, pároco na cidade, com o objectivo de “ajudar pessoas necessitadas e os agregados familiares mais carenciados” decidiu criar um ‘Banco de Medicamentos’ em Abrantes.
A funcionar dois dias por semana, no posto de enfermagem da paróquia de S. Vicente, o ‘Banco de Medicamentos’ recebe os fármacos que já não têm utilização, “desde que dentro dos prazos de validade” e, com o apoio e supervisão de duas enfermeiras voluntárias, faz a redistribuição junto da comunidade mais carente e que não os pode comprar na farmácia.
A funcionar dois dias por semana, no posto de enfermagem da paróquia de S. Vicente, o ‘Banco de Medicamentos’ recebe os fármacos que já não têm utilização, “desde que dentro dos prazos de validade” e, com o apoio e supervisão de duas enfermeiras voluntárias, faz a redistribuição junto da comunidade mais carente e que não os pode comprar na farmácia.
“A ideia surgiu precisamente pelo elevado número de pessoas que aparecia à porta da paróquia a pedir medicamentos ou dinheiro para os poder comprar”, disse ao Abarca o religioso, pároco das freguesias de S. Vicente e de S. João.
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Porém, para a autarca municipal, a miragem continua no papel, nos "Oito eixos e vinte pilares de acção", logo desmontada, quando acabou rendida aos novos 5 mil habitantes que irão chegar à Concavada e ao Pego, através dos 1.800 novos postos de trabalho na fotovoltaica agora iniciada. Eleita por 9 mil eleitores e esquecendo os restantes 28 mil, é assim que se arruma um concelho: o tal onde as pessoas é que contam.
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Mas há outros 5 mil habitantes, que serão a perda da população até 2030 - número agora "reciclado" pelos novos cidadãos "abrantinos" (de emprego e residência feitos entre o Pego e a Concavada...), quiçá, os futuros quadros do PS local. Uns votam e outros colhem as benesses.
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Não surpreendeu esse enumerar de grandes obras, com esta particular localização, imaginem só: todos na cidade e margem sul do rio Tejo!!!
E a cidade, é a Esta, o "MIA", o desporto, os media e o pessoal da câmara, mais os universitários da 3ª Idade que já suplantam os reformados do comércio falido. É a cidadania monocolor!
Centro Náutico, pistas no Aquapolis,( escada dos peixes nada!), Largo da Estação CP, em S. Miguel, mas muito próxima do Rossio, Margem Sul no Rossio, zona industrial a caminho da Bemposta, nova Zona Industrial no Tramagal (não se sabendo o que fazer às outras duas no Tramagal: a velha colada aos caminhos de ferro e a nova só com uma fábrica ainda...), Zonas Escolaraes na Concavada e Pego, o novo hotel no Barro Vermelho, porque sobre a Clínica Ofélia, nada!
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Há o museu e uma nova elite de turistas. Tudo para os de fora. Porque os abrantinos estando a envelhecer resta-lhes a inclusão social, e o balcão móvel... porque como o nome indica, um dia destes move-se daqui para fora.
Em consequência da "chegada" dos 5.000 "pró-voltaicos", há que refazer a Carta Escolar e tratar de construir mais escolas na Concavada e no Pego: uma alegria para os empreiteiros locais!
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O concelho de tão grande, acaba por obra e Graça do Céu, por ficar reduzido à faixa sul do rio Tejo e cidade. Quanto a preocupações com a floresta, num concelho que é o 12º com mais área ardida nos últimos 20 anos: zero!
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E a sempre cativante conversa de mais indústria e mais investimento para o futuro, coisa que os restantes 307 concelhos do país, também procuram com denodo e afinco.
Quanto aos habitantes que ainda por cá vão estando: ZERO!
Mas se a fotovoltaica cair, como a Qimonda? Inventa-se outra coisa...
É este o desígnio que a incompetência dos autarcas e a impotência dos eleitores conduziram este concelho.
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Daqui lavo as mãos! Quando houver cidadania, falamos...
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