Ao manterem o seu anonimato, os autores do blog mais agravam e diminuem a sua dignidade e a sua autoridade moral. Ao juntarem aos seus post anónimos, textos e afirmações assinados, alguns da autoria de personalidades conhecidas na cidade e no concelho, mais vincam o seu mau carácter e a sua cobardia: para si próprios, o anonimato, para os outros o comprometimento público!
QUANTO À LISTA de 800 e tal assinaturas, na PETIÇÃO, valha-nos Deus!
Consegui encontrar repetição de nomes em 20 folhas e já para não questionar se o "Anonymos" com "y" não será repetido várias vezes ( será o mesmo?!), em cada uma dessas 20 páginas de 40 nomes. Tudo para demonstrar como não há rigor algum. De notar que de entre as várias localidades indicadas pelos peticionários, "Abrantes" não atingirá metade da lista...
Mas a tacanhez não se resume apenas a estes pormenores. Omite o blogue Picozêzerabt, como se o mesmo não se revestisse de interesse "Patrimonial" , destacando enttre outros, os textos sobre o Santuário de Nª Srª do Tôjo ( uma grave lacuna do livro em discussão, chegando a ser referida a minha discussão sobre as origens Templárias da Capela, e lá se transcreverem palavras e frases, que só eu usei, sem no entanto, ser mencionado o meu nome como o autor, o que diz bem da mesquinhez do autor desse livro).
Leiam o texto:
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«Sendo este blogue um site sobre o PATRIMÓNIO ABRANTINO, mal seria senão fossemos divulgando alguns dos textos fundamentais da bibliografia sobre ele.
Começamos por uma freguesia rural, recomendando a leitura do livro ‘’O SOUTO-Uma Cultura-Um Povo’’ do snr. Manuel Batista Traquina, editado pela Palha de Abrantes.
Quem quiser conhecer bem o Souto tem de ler o livro do snr. Traquina para perceber a alma das suas gentes. Naturalmente há quem tenha lido e não tenha percebido nada ou se tenha dedicado a insultar o Autor.
Depois queixam-se de terem poucos votos....
No livro as melhores páginas são dedicadas à Escola do Souto e à abrantina que foi uma das grandes professoras primárias do nosso concelho, D.Alice de Brito, tendo durante 29 anos ensinado nessa localidade».
Começamos por uma freguesia rural, recomendando a leitura do livro ‘’O SOUTO-Uma Cultura-Um Povo’’ do snr. Manuel Batista Traquina, editado pela Palha de Abrantes.
Quem quiser conhecer bem o Souto tem de ler o livro do snr. Traquina para perceber a alma das suas gentes. Naturalmente há quem tenha lido e não tenha percebido nada ou se tenha dedicado a insultar o Autor.
Depois queixam-se de terem poucos votos....
No livro as melhores páginas são dedicadas à Escola do Souto e à abrantina que foi uma das grandes professoras primárias do nosso concelho, D.Alice de Brito, tendo durante 29 anos ensinado nessa localidade».
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Percebe-se o destinatário a atingir. Porém, erraram o alvo, por pura ignorância. Não basta dizerem-se defensores do "Património", é preciso conhecê-lo com grande profundidade, o que não é o caso, em relação ao Souto ou ao livro que dizem falar " da alma daquelas gentes" do Souto, que eles só apreenderam pelo dito livro, o que é muito pouco. Depois arrematam logo com "soberba da elite do cabeço" - esquecendo e dando de barato "a alma das gentes do Souto" ao desprezo - ao enaltecerem a professora "abrantina" D. Alice de Brito. Como se as gentes do Souto, nem abrantinas fossem. Ah grandes defensores do Património!!!
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Vamos aos factos:
1- O livro em questão, que em seu tempo critiquei pela sua omissão grosseira - chamei-lhe um apagão da história do Souto - é de uma vacuidade avassaladora. Pelo período a que se reporta, ignora quase por completo os artífices da construção civil ( apenas relata o caso do pedreiro que virou grande empresário, que sendo o maior industrial nem foi o primeiro, nem o único, como o meu amigo J. Pimenta, sempre reconheceu). Todavia, o autor, com manifesta má vontade e sectarismo primário, tudo fez para ignorar outros, alguns deles, ( sei de quatro ou cinco casos em concreto), que ao não se prestaram a "subsidiar" previamente essa sua obra, não viram lá os seus nomes ou o dos seus pais. Ora isto é por demais elucidativo do valor e do rigor histórico, forjados no livro. As tecedeiras - uma actividade fundamental na terra - merecem meia página. A Sociedade Recreativa e a CIDAS, a cooperativa de rega couberam ambas numa página e sem um único nome dos fundadores, o mesmo se doiga do campo de futebol.
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2 - Os textos contidos em algumas páginas desse livro foram publicados dois ou três anos antes no jornal "Correio Lisboa Zêzere" que eu editei e dirigi entre 2002 e 2004, como se pode comprovar pelos exemplares depositados na Biblioteca Municipal de Abrantes e ainda, na Biblioteca Municipal do Porto. Apesar da autoria dos mesmos ser do autor do livro, este estava obrigado legalmente, ao pedido de publicação para o director do jornal onde antes haviam sido publicados. E não só por cortesia mas por obrigação legal a mencionar a fonte, no caso o dito jornal " Correio Lisboa Zêzere". Como nunca o fez e como eu nunca pedi a correspondente indemnização, mais em dívida ficou para comigo.
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3- Quanto ao "depois queixam-se que tiveram poucos votos", não sei com que fundamento o fazem. Eu nunca me queixei que tive poucos votos no Souto. Nem o farei. Quem não mos deu é que terá mais dificuldade em justificar essa sua opção. A História o dirá. Nada como o tempo e o futuro para tudo aclararem.
Talvez, que houvesse quem quisesse ouvir-me falar e tudo tenha feito nesse sentido. Rogo pois aos autores anónimos desse blog que adiantem factos que conheçam, pois talvez se venha a saber a verdadeira razão e os "nobres" propósitos de quem, me caluniou sistematicamente, com dados falsos e canalhas. Talvez os conheçam.
O próprio autor do livro em questão, usando a sala da Sociedade de que nunca foi sócio, dois meses antes destas eleições fez uso dos programas das festas para seu proveito próprio de propaganda de um outro livro, como antes já fizera noutra escala sobre o primeiro, sem que tenha revertido qualquer proveito para o Souto.
E não se inibiu de reunir alguns soutenses a que ele chamou de ilustres, que ele a seu belo prazer e desígnio arbitrário nomeou, para fazer vincar acintosamente, o meu afastamento desse role de soutenses. J. Pimenta foi talvez a excepção com valia. Mas havia outras figuras de militares e para militares, de patentes superiores, que não convidou. Fundadores da Casa do Povo ainda vivos. Fundadores da Sociedade Recreativa onde decorreu a cerimónia. Tudo situações que mostram o cinismo do autor. Vingativo em demasia! Um mau carácter. Um nojo!
Apontemos agora o caso de directores de jornais locais - seriam sempre dignos de menção - já que apenas houve dois soutenses: Padre João Rosa do boletim paroquial de 1968 a 2001 o" Souto do Zêzere" - outro jornal e outro director ignorado no livro, até como fundador da telescola onde foram alunas as duas irmãs desse autor!!!) , e João Baptista Pico director e editor do " Correio Lisboa Zêzere", ( 2002 a 2004), para além de ter sido um colunista durante 6 anos consecutivos no " Nova Aliança",( 2001 a 2007), três anos colaborador e colunista do " Jornal de Abrantes" (2006 a 2009), e com dezenas de cartas publicadas no DN e Expresso, muitas delas com a menção da " Melhor da Semana" ou da "Melhor do Dia".
Como vereador, só houve três no Souto e como candidato à Câmara sou o único soutense como tal e duas vezes consecutivas. Por aqui se vê o carácter mesquinho e sectário do dito autor do livro. Já nem falo dos 40 anos de mandatos associativos, quase todos ligados ao Souto. Portanto, o autor como historiador foi demasiado mesquinho, tendencioso e manipulador da verdade histórica que não soube respeitar e honrar.
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4- Quanto à senhora professora, tenho bem presente na memória que sendo ela professora das meninas e a professora D. Florinda dos rapazes, a primeira recusava a muitos pais, propôr as suas filhas para exame da quarta classe, a menos que fossem de condição económica assinalável, o que já se vê, não abundarem muito pelo Souto.
Sei do caso da minha mãe e da minha tia, de uma prima e de outras duas senhoras, a quem escutei de viva voz relatarem os seus casos e de outras suas amigas ou familiares, todas impedidas ou desaconselhadas a irem a exame.
No caso da minha mãe e da minha tia, foi dito pela professora em causa textualmente isto ao meu avô Martinho:
-« Olha lá Martinho, não tens lá lenha para as tuas filhas carregarem?! Então para que as queres mandar a exame?!»
Ora uma professora que dizia isto a um pequeno comerciante e pequeno proprietário rural, convenhamos que o mínimo que há a dizer, é que a dita professora, não teve coração e não soube honrar a sua profissão de educadora...
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Como se prova pelo escrito destes anónimos do blog patrimonial, estamos perante pessoas pouco isentas e facilmente manipuláveis, o que lhes retira autoridade para discutirem sequer o Museu Ibérico. A menos que a ignorância mesquinha deva ter honras de cidadania. Pelo seu carácter e atavismo são pessoas do género, de "emprenhar pelos ouvidos"...
NOTA: há que enaltecer no entanto, esse cuidado em obterem essas duas facturas de duas advogadas com serviços à câmara ambas de 18 mil euros, cuja diferença se resume apenas de numa dessas facturas, haver um sobrenome "piedade". Uma estranha coincidência, para duas verbas iguais. Enalteço o V/ mérito e não é por piedade...