Quando valorizava as actividades do enriquecimento escolar ( mais matemática e + empreendedorismo nas escolas) no decurso do debate no Teatro de S. Pedro, o candidato do Bloco a meu lado, interrompeu-me com um aparte de surpreendido e quase escandalizado por falar disso para as crianças... Rematei de pronto, sim senhor, e empreendedorismo no secundário é uma aposta muito válida. Como o Trostsky não doutrinou nesse sentido, a cassette do candidato do BE estava em branco...
Ontem apareceu no telejornal, o relato de uma experiência muito interessante e muito aplaudida pelos pedagogos, sobre práticas de economia e finanças ensinadas aos alunos do 1º ano de uma escola básica, fazendo-os interessar pela gestão da sua semanada e a orçamentação das suas despesas. "Empreendedorismo" nas escolas, não era decididamente, algo que estava certo. Um alerta para a Escola do Tramagal!
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+ PRAGMATISMO:
- Há dias, também li o relato de uns portugueses que viveram na Austrália, o 6º país do mundo, onde existe a melhor qualidade de vida (depois da Finlândia, Noruega, Suécia, Dinamarca e Suíça...), onde alguém entre eles, quando teve que ser assistido num hospital deparou com a insólita oferta de cuidados especiais, durante a espera no atendimento. Tratou-se desta coisa tão simples, mas muito marcante, de ter sido abordado duas vezes por uma funcionária do hospital, enquanto aguardava a sua vez, primeiramente, querendo saber se lhe poderia servir uma bebida e algum alimento e da segunda vez, se não precisava de um agasalho ou algo mais para se sentir mais confortável...
Em mais de trinta anos de acesas discussões académicas sobre o Serviço Nacional de Saúde, nunca ouvira tal ou coisa semelhante, como algo importante para incluir no respectivo regulamento, nem que isso constasse no Estatuto de Carreira de alguma das classes médicas, para-médicas ou afins. Quando muito todos ficámos gratos porque Lacão evitou que o Hospital de Abrantes "fechasse", coisas que o Nelson Baltazar e o Nelson de Carvalho nunca souberam acautelar. Só souberam acautelar o seu próprio bem-estar pessoal e dos amigos.
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Hoje no DN, do novo ministro dos Assuntos Parlamentares, apenas retive a afirmação dele, de que para evitar ser desses políticos desligados do país real, é que sempre aceitou ser o presidente da Assembleia Municipal de Abrantes. Quando agora, que finalmente chegou a ministro, declarou que este seria o seu último mandato como autarca, será que doravante, já não se vai importar de entrar para o clube desses políticos desligados do país real?!
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VERDADEIRO PRAGMATISMO:
- Retive, isso sim, a entrevista na contra capa do DN da jovem directora geral do Bairro Alto Hotel, a gestora não licenciada - diz ela, e bem, que não há nenhuma faculdade que ensine a oferecer bem-estar! - de seu nome Adélia Carvalho, que venceu o I Concurso Nacional de Motivação, promovido pelo ISCTE e cujas qualidades de serviços por si implementados na equipa de 65 colaboradores ( onde não há um único licenciado!!!), levou o exigente Conde Nast Traveler - a bíblia do turismo e viagens - a eleger o seu hotel como "o 31º melhor do mundo".
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Adélia Carvalho, começou a carreira no Méridien como recepcionista, após ter acabado o curso da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, transferiu-se para o Hotel da Penha Longa onde fez de tudo, durante dez anos, até aceitar este projecto, em que lhe concederam total carta branca.
Por Abrantes, muito se falou e repisou na entrega de um hectare de terreno para um hotel e de se negar a outros licença para hotelaria, mas nunca ninguém havia dito, - com total pragmatismo e sem réstea de balofo e falso marketing caseiro - que o hotel teria como lema fundamental: a oferta de bem-estar, como marca competitiva e personalizada, neste concelho do centro do país!
Aqui está uma notícia que nunca passaria nos media locais. Quando muito, os comentadores diriam que não era nada disso, se não houvesse quem se lembrasse de repetir, que o presidente da concelhia do CDS de Abrantes, tem um "discurso pouco entendível!"
Estão a "entender a coisa", não estão?! Depois ainda se espantam com a perda da população - a tal "perca" gozada pelo Cidadão Abt, sobre o novel deputado municipal do PSD, Nuno Gil, "autor do vocábulo"...