


O I Encontro das Misericórdias do Ribatejo, que juntou em Abrantes representantes de nove das 22 Misericórdias existentes, apresentava como objectivos a angariação de fundos para o Lar de Infância e Juventude (LIJ), que acolhe raparigas órfãs ou provenientes de famílias desestruturadas, e “debater as dificuldades e problemas comuns” às várias entidades.
Alberto Margarido, vice-provedor da Misericórdia de Abrantes, disse à agência Lusa que a situação “torna-se insustentável” quando as contas do LIJ, em 2008, deram 104 mil euros de prejuízo e quando a instituição apresenta “globalmente” resultados negativos anuais na ordem dos 300 mil euros.
“Só nesta valência do LIJ, que funciona 24 horas ao dia e tem 14 funcionários e 26 raparigas entre os onze e os 20 anos a seu cargo, apresentámos resultados negativos desta monta e a própria casa de acolhimento já não apresenta condições dignas de habitabilidade”, avançou.
“Como é que vamos arranjar 40 mil euros para as obras de requalificação, tão necessárias para que estas jovens possam crescer e viver com o mínimo de condições?”, questionou o responsável, que “apelou” a uma “maior sensibilidade por parte dos responsáveis locais e nacionais”.
Para o vice-provedor da Misericórdia de Abrantes, as preocupações “são mais que muitas” e, segundo disse, além de procurar apoio material e financeiro para a requalificação do Lar de Infância, procura também 70 mil euros para pagar os subsídios de Natal aos seus funcionários.
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