Companheiro Paulo Portas, todas as lideranças têm um fim.

ALDEIA de MATO e SOUTO com a sua "UNIÃO" tem o caminho aberto para serem a MAIOR e MAIS PROMISSORA FREGUESIA do CONCELHO de ABRANTES. Basta saber livrar-se uns "certos jumentos" da canga autárquica...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

(2 597) - Tenho que agradecer aos "Amigos por Abrantes", então não é que me presentearam com esta magnífica entrevista ao J. PIMENTA...



Dossier:Entrevistas
SECÇÃO: Entrevista
29 Nov 2006, 11:17h
João Pimenta aprendeu em jovem a arte no Souto e praticou-a por todo o país, Angola e Brasil De servente a industrial da construção civil
Viveu no Souto até que idade?
Vivi lá até aos dezasseis anos. E aos dezoito já estava a fazer empreitadas.
Começou como?
Comecei como servente e ainda aprendi a pedreiro no Souto. Ganhava nesse tempo três escudos e metade era para o meu mestre.
Nasceu no seio de uma família humilde?
Humilde mas com umas terras para cultivar. Tinha um irmão. Na minha família é habitual haver poucos filhos. Andei na escola até à quarta classe e comecei logo a trabalhar.
Nunca pensou em estudar mais?
Pensei estudar numa determinada fase. Mas nessa altura alguém me disse não, porque havia umas empreitadas para concluir. E assim foi…
De onde herdou a veia para o negócio?
Nasceu no meio do trabalho. Porque só trabalhando muito é que se consegue fazer alguma coisa.
Veio do Souto directamente para Lisboa?
Sim, mais propriamente para a Amadora. Foi aí que comecei, depois fui para a Praia das Maçãs e Colares durante muito tempo. Construí a primeira moradia nas Mercês com 19 anos, à sociedade com o meu irmão. Teve de ficar em nome do meu irmão porque eu era menor de idade. Naquela altura era só aos 21 anos. Essa moradia ainda lá está.
Quando é que nasceu a empresa J. Pimenta?
Foi em 1956 e até 1974 manteve-se. Nessa altura estava a construir um edifício em Luanda. Tinha lá diversos empreendimentos…
Nunca pensou regressar e tentar recuperar aquilo que era seu?
Tem piada que já depois das intervenções do Estado nas minhas empresas ainda fornecemos para lá algum material, como caixilhos de alumínio, móveis. E quando lá quisemos ir, apresentamos o passaporte a pedir autorização para ir a Luanda e disseram-nos que tínhamos lá um bom representante e não nos deixaram viajar. Aí acabou!
E quem era o vosso representante?
Era um empregado nosso que tinha ido para lá para fazer a montagem e a venda das coisas.
Ainda tem alguma ligação ao Souto? Tem lá património? Família?
Ainda lá tenho família. Mas quanto ao património que lá tenho praticamente não vale nada. É tudo mato e algum ardido. É raro ir lá.
Ficou sensibilizado com a homenagem que lhe fizeram recentemente na sua terra natal?
Confesso que não a esperava agora. Penso que por aquilo que fiz lá a partir da década de sessenta era merecido na altura ter havido uma distinção. Ofereci o terreno e ajudei a construir a sociedade recreativa do Souto. Construí a sede da junta de freguesia, que nunca tinha tido um espaço de que fosse proprietária. Ajudei a construir a estrada entre Souto e Carvalhal, entre outras obras de benfeitoria que ajudei a fazer.
Sempre gostou de ajudar as instituições e colectividades?
Ajudei muitas neste país e também em Angola, no Brasil.
Tinha prazer em partilhar?
Gosto que as pessoas vivam bem. Ajudei a construir o pavilhão desportivo de Paço de Arcos, da Amadora, o campo do Estrela…
Esteve ligado ao Estrela da Amadora?
Fui eu quem deu vida ao Estrela. E era o presidente da direcção no 25 de Abril. Estava a construir bancadas, tinha feito projectos para aquilo, mais o dinheiro que ia por lá deixando… Numa reunião a seguir ao 25 de Abril a direcção começou a discutir política em vez de discutir os interesses do clube. Fiquei calado e quando cheguei ao fim disse que era a última vez que lá ia, porque no dia seguinte ia apresentar a demissão.
Acabou-se aí o dirigismo desportivo?
Exactamente.
É uma pessoa alérgica à política?
Sim, sem dúvida.
Nunca deu a cara por nenhuma campanha eleitoral?
Não. Porque é que hei-de fazer isso?
Há muita gente que faz isso, que hoje dá o rosto por um, amanhã dá por outro. Eu não me meto nisso. Apoiei apenas nesta última campanha em Abrantes o João Pico (candidato do CDS à câmara como independente). Foi o apoio a um amigo, mais nada...
Tem consciência que ajudou a mudar a paisagem em muitos pontos do país?
Eu tenho a consciência que fiz muita coisa boa por este país. Posso ter feito uma ou outra não tão boa, mas se o fiz foi involuntariamente. Mas que neste país se fizeram muitas coisas conscientemente para me prejudicar, isso é verdade.
Quando apontam as suas urbanizações como mau exemplo de urbanismo e de construção desbragada como reage?
Penso nas urbanizações que se fazem agora. Olhe-se para o Cacém, por exemplo. Na Reboleira, a parte central onde eu construí, junto da zona desportiva, é ainda hoje das melhores urbanizações da Amadora. O resto que se fez depois disso é outra coisa completamente diferente. Construíram-se prédios em terrenos para jardins, etc…
O poder político também deu alguma margem…
Claro. A principal responsabilidade é de quem aprova e não de quem executa. Porque a muita coisa que construí foi em terrenos que já estavam aprovados.
A sua empresa teve um anúncio publicitário célebre que fez andar o seu nome na boca do povo. Tem bairros e edifícios com o seu nome. Gosta de deixar marca por onde passa?
Não é o gostar de deixar marca. Aqui por exemplo onde estamos, em Cascais, quando regressei do Brasil, em 1979, vi uma placa com um anúncio de venda de materiais de construção no bairro J. Pimenta. Fiquei a saber que o bairro que tinha construído era conhecido pelo nome da minha empresa. Foi o povo quem lhe deu o nome, não fui eu.
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Estes "Amigos da Onça" são mesmo uns pândegos... Quando julgam que vão buscar lã, não é que saem tosquiados?!
Como sou bem educado, o meu muito Obrigado!
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BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT

INICIADO em 27.10.2007

Nos idos de 1970 torneios sem subsídios mas muito amor e suor...

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Equipa de futebol do Souto, c/ João Pico a capitão da equipa ( 2º em cima à esqª.)

É esta a obra que Sócrates inaugurou e depois mandou "AFUNDAR"...

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Paulo Portas e João Pico vendo o Parque Ribeirinho...

O Urbanizador foi mesmo a Câmara, acreditem!...

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Alta tensão sobre Urbanização Municipal nas Arreciadas

Fados no Rossio ao do Sul do Tejo, ontem no Jantar dos Lyon`s de Abrantes

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Nuno Pico acompanhado à guitarra por Alfredo Gomes e na viola José Mário Moura

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!

CIDAS, em 1975,a água de REGA no SOUTO  - 10 anos antes da água dos SMAS! FUI um dos FUNDADORES!
E desafiei o então presidente, Engº José Bioucas a ir à albufeira do Castelo de Bode connosco buscar água para a freguesia e para ABRANTES. Só que o Engº riu-se... E só em 2001 é que lá foram à albufeira... Tive razão antes do tempo...

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes

Nascido e baptizado no Souto, comigo não há dúvidas de que sou do Souto de Abrantes
Retábulo da Matriz do Souto onde João Pico foi baptizado

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