TUDO COMO DANTES
Nada faz supor que Abrantes possa ser parte do país, cujo presidente dessa República, tenha ontem admitido continuarmos com baixa produtividade, em risco iminente de uma grave explosão conflitual, gravemente mergulhada numa crise económica e social e sem meios para pagar a sua dívida pública, a avaliar pela generosidade municipal que para estimular a colaboração empenhada de meio milhar de funcionários, ofereceu uma folga a todos eles, no dia do seu aniversário. Supõe-se que possa haver já em laboração, uma outra generosa comissão de bases, para defesa dos nascituros de 29 de Fevereiro e quiçá em conjugação de esforços reivindicativos, com todos aqueles que em 2010, terão a desditosa sorte de fazerem anos aos sábados, domingos e feriados.
Imagine-se, agora, o fervor que já deve grassar por todas as repartições e serviços municipais, num crescendo de entusiasmo paralisante, na defesa das teses dos prós e dos contra.
A História repete-se duas vezes: uma vez em comédia e outra em tragédia. E esta Abrantes que quando olha para o seu umbigo, nunca deixa de ver rio, há-de continuar desdenhosa, remirando-se do opulento sorvedouro do Aquapolis e orgulhosa demais no esplendor das estátuas do Charters, o que mais nos obriga a meditar na frase de Brecht: toda a gente fala na violência do rio tempestuoso, mas ninguém repara na violência das margens que o comprimem.
Nada faz supor que Abrantes possa ser parte do país, cujo presidente dessa República, tenha ontem admitido continuarmos com baixa produtividade, em risco iminente de uma grave explosão conflitual, gravemente mergulhada numa crise económica e social e sem meios para pagar a sua dívida pública, a avaliar pela generosidade municipal que para estimular a colaboração empenhada de meio milhar de funcionários, ofereceu uma folga a todos eles, no dia do seu aniversário. Supõe-se que possa haver já em laboração, uma outra generosa comissão de bases, para defesa dos nascituros de 29 de Fevereiro e quiçá em conjugação de esforços reivindicativos, com todos aqueles que em 2010, terão a desditosa sorte de fazerem anos aos sábados, domingos e feriados.
Imagine-se, agora, o fervor que já deve grassar por todas as repartições e serviços municipais, num crescendo de entusiasmo paralisante, na defesa das teses dos prós e dos contra.
A História repete-se duas vezes: uma vez em comédia e outra em tragédia. E esta Abrantes que quando olha para o seu umbigo, nunca deixa de ver rio, há-de continuar desdenhosa, remirando-se do opulento sorvedouro do Aquapolis e orgulhosa demais no esplendor das estátuas do Charters, o que mais nos obriga a meditar na frase de Brecht: toda a gente fala na violência do rio tempestuoso, mas ninguém repara na violência das margens que o comprimem.
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Abrantes é, já foi um caso à parte. Quando toda a nobreza endinheirada e poderosa se juntou na fuga da família real para o Brasil, quem cá ficou a tomar conta daquilo a que ainda se chamou reino em nome de D. João VI, foi o “nosso” marquês de Abrantes.
Ao mesmo tempo que Junot se fazia duque de Abrantes ( a sua mulher, uma favorita de Napoleão era a duquesa…), e o Quartel General das forças invasoras escolhia Abrantes. O país paralisou diante dessa nova capital. E enquanto nada se decidia, todos acordaram num facto, que arrastou até hoje o nome de Abrantes, o “tudo com dantes”.
Abrantes é, já foi um caso à parte. Quando toda a nobreza endinheirada e poderosa se juntou na fuga da família real para o Brasil, quem cá ficou a tomar conta daquilo a que ainda se chamou reino em nome de D. João VI, foi o “nosso” marquês de Abrantes.
Ao mesmo tempo que Junot se fazia duque de Abrantes ( a sua mulher, uma favorita de Napoleão era a duquesa…), e o Quartel General das forças invasoras escolhia Abrantes. O país paralisou diante dessa nova capital. E enquanto nada se decidia, todos acordaram num facto, que arrastou até hoje o nome de Abrantes, o “tudo com dantes”.
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NOTA: À margem de tudo isto, substituímos a Clínica Ofélia dos acamados, pelos encadeantes painéis do astro rei, que não suscitou o apreço de maior do nosso 1º ministro, pesem os milhares de novos postos de trabalho;
- Soubemos por um advogado ( que já foi censurado, por ter tido a suprema honra de denunciar a trama, coisa que as elites de figurões aborígenes, não apreciam, de todo...) , - advogado que se intitulou enganado e usado - ao denunciar um tal "general desertor", que arquitectou um quartel-general no sótão, seguido pelo resto da tropa, colada a ele, na vã expectativa de receber o seu merecido pré, miragem das benesses desse poder cada vez mais longe de alcançar.
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- E um general provedor, que sempre será consolo de alguns, e para que os serviços municipais possam descansadamente, sem remorso de pecado, nem réstea de remissão e arrependimento, manter o seu estatuto de justos e leais servidores da boa imagem que é mister a jovem presidente poder ostentar. Pese o provedor não ser o culpado, não deixará no entanto, de ser o cúmplice, cada vez mais afastado do estatuto de vítima.
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- Claro, que se isso falhar, sempre teremos o PSD ou aquilo que ainda não está com as facções contrárias, (que as há, há... andam por aí...) a lembrar-nos da bondade do estatuto, que não serve para nada.
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BOM ANO, se ainda formos a tempo...