Li por aí este argumento totalmente descabido:
«Qual é a norma que proíbe comprar terrenos a um Senhor que fez parte duma Comissão de Honra?
Se assim é, a CMA também está obrigada a não integrar no MIIA os quadros de Lucília Moita, porque se bem nos lembramos também fez parte da Comissão de Honra.»
Se assim é, a CMA também está obrigada a não integrar no MIIA os quadros de Lucília Moita, porque se bem nos lembramos também fez parte da Comissão de Honra.»
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Há uma diferença abissal. Os quadros da pintora Lucília Moita têm valor patrimonial que respeitam ao concelho. Não conheço em pormenor a doação dos mesmos, mas como valor cultural e pela afinidade ao concelho têm a sua justificação. A negociação foi conduzida por Nelson de Carvalho e não por Maria do Céu Albuquerque, também é um dado a não esquecer. Lucília Moita nunca foi vereadora por outro partido, nem é militante ( com quotas pagas ou dados actualizados, não é isso que conta...); ao contrário do outro membro da Comissão de Honra.
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TODAVIA, a questão é outra bem diferente. O terreno poderia ser sempre comprado, se o objectivo estivesse bem definido e não merecesse contestação.
Escapou ao comentador de trazer por casa este promenor - não está à altura de qualquer um - a MOÇÃO dos autarcas de Alferrarede também não repudiam a compra por ser o dono quem é. O que releva a questão é a utilidade para aquele fim naquela localização absurda! A militância foi outro dado colateral, sem interesse para a discussão mais objectiva.
O que repudiam é a compra ser para um Centro Escolar em Alferrarede e o terreno estar mais de 300 metros fora dos limites de Alferrarede, já na freguesia de S. Vicente no lugar da Chainça, onde está ( a 500 metros desse terreno) e em conclusão o denominado Centro Escolar da CHAINÇA!!!
Repudiam portanto essa compra. Repudiando o objecto dessa transacção - que nos tempos que correm faz acreditar que se não fosse a CMA, mais ninguém compraria aquele terreno - faz imediatamente pairar alguma suspeição no verdadeiro interesse daquela compra apressada e pouco ponderada.
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MAIS: foram as justificações contraditórias da presidente que foi dando à Lusa e inseridas no Mirante online, que mais agravaram as suspeições quanto à oportunidade dessa compra e quanto ao secretismo ( os autarcas invocam desconhecimento dessa localização e dessa transacção e é só a presidente que diz o contrário, que os autarcas de Alferrarede sabiam...) que envolveu essa compra aprovada em 15 de Fevereiro e logo levada à Assembleia Municipal onze dias depois - a 26 de Fevereiro, que mais faz pensar no fraco amadurecimento do negócio;
a presidente uma vez confrontada com a recusa dos autarcas de Alferrarede corre imediatamente a dar outra justificação demagógica e contraditória, deitando mão do argumento falacioso de que o terreno era um "pulmão verde e de um enorme potencial para zona verde", o que mais parece uma desculpa esfarrapada, para cobrir falha grave, pois ninguém pode argumentar de forma tão distorcida, com argumentos diametralmente opostos, a saber:
- queria o terreno para construir um centro escolar, necessariamente com vários edifícios e vários campos de jogos e recreios impermeabilizados e pavilhões e telheiros cobertos, logo sem espaço mínimo de zonas verdes;
- a ocupação com o Centro Escolar obrigava a delimitação de todo o terreno com vedação o que mais afastava a população de poder usufruir desse espaço como zona verde;
- juntando as duas permissas anteriores, facilmente se percebe, que há contradição absoluta e propósitos pouco esclarecidos, quando se passa de uma opção de construção escolar mais ou menos intensiva na ocupação de espaços impermeabilizados, para outra solução totalmente antagónica, que é a potencial Zona Verde do Aquapolis à Quinta das Arcas e parque de S. Lourenço.
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Ocorre ainda outro pormenor menos sério, que é admitir a alteração dos limites da freguesia de Alferrarede, quando omite a proximidade ao outro Centro Escolar da Chainça e quando ignora grosseiramente a reivindicação principal dos autarcas da freguesia que há muito vinham recolhendpo a promessa( subentende.se do PS e quiçá da presidente...) de que o Centro Escolar seria em local de centralidade inquestionável.
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Não é alargando mais 500 metros os limites da freguesia( pois agora o terreno já estará 300 metros para lá da freguesia de Alferrarede), que o dito terreno passará a ficar mais central à população de Alferrarede.
Tudo por junto, são argumentos demasiado atamancados, que só procuram segurar a qualquer preço a compra efectuada. Situação agravada e duvidosa, que só se deve à forma atabalhoada usada pela presidente nas suas variadas e contraditórias argumentações produzidas à Lusa.
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