Este enunciado que é a chave da actuação do Conselho Municipal de Segurança de Abrantes exige uma postura de muita ponderação por parte dos conselheiros municipais.
Os tempos estão difíceis. Nada justifica uma crispação num orgão que se quer de referência para a população, para a segurança e para a tranquilidade das populações.
Cabe portanto a esse Conselho Municipal um papel da maior responsabilidade. É um Conselho que depende de todos. O facto de ser presidido pela presidente da Câmara não lhe confere nenhuma autoridade tutelar sobre os conselheiros, que são independentes e agirão segundo os ditames a sua própria consciência de cidadania.
Pela parte que me toca - e só por isso aceitei o cargo - fui indicado pela Assembleia Municipal e o meu cargo dura enquanto durar o mandato da presente Assembleia Municipal, não podendo ser substituído, conforme estabelece o respectivo Regulamento.
Por outro lado, nada obriga a presidente da Câmara a acatar os pareceres do Conselho Municipal que serão sempre remetidos à Assembleia Municipal, para além da Câmara Municipal, e às autoridades de segurança com competência no territótio do município, para conhecimento.
Todavia, mal vai, que a Câmara Municipal que tomou a iniciativa de accionar o funcionamento deste Conselho, viesse posteriormente, diante de cenários sócio-económicos que se adivinham difíceis, a desvalorizar ou rejeitar a consulta, a intervenção e a cooperação com esse Conselho Municipal.
Certamente, que nesse cenário, a tranquilidade das populações não estaria mais assegurada. Quando a presidente da Câmara é a principal interessada em que tudo corra pelo melhor. Principalmente, porque os tempos que aí vêm não serão ( não estão a ser) nada fáceis. E já nem vamos para o exemplo do 1º ministro, tomado tão à letra, de que o mundo mudou nos últimos quinze dias...