Viu o seu Regulamento aprovado por unanimidade pelos 29 Conselheiros Municipais, em 20 de Abril. Ratificado pela Assembleia Municipal em 30 de Abril. Nova reunião em 26 de Maio, já com o Regulamento aprovado. Agora, na reunião de 30 de Junho, a presidente por sua auto recriação apresentou uma alteração de 17 pontos ao Regulamento.
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A mais caricata é a de ter fixado a duração da última reunião para 1 hora apenas e proposto que será sempre ela quem fixa o tempo das futuras reuniões, não pela indicação na convocatória, mas por sua iniciativa pessoal, no início de cada uma sem atender ao número de pontos em discussão, nem procurar obter um consenso alargado.
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Anote-se, que no REGULAMENTO EM VIGOR, só o período de "Antes da Ordem do Dia" consagra uma Hora de duração. Na última reunião foi pura e simplesmente eliminado.
Mesmo que já tenha um conjunto de Conselheiros incondicionais, a apoiá-la, as regras democráticas são para respeitar e cumprir. Dê para onde der!
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Com 5 minutos para cada um dos 29 Conselheiros Municipais seriam precisos 150 minutos. Todavia, a presidente já começou a fazer esta última reunião com apenas 1 hora de duração. Embrulhou o tema dos fogos numa farsa, com o Coordenador da Protecção Civil a ler uns papéis com regras básicas. Talvez quando arderem aí uns bons hectares, a presidente e o Coordenador queiram reunir no adro da Igreja as populações para lhe lerem esses papéis no rescaldo cruel dos fogos. Adivinha-se um sucesso colossal.
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Os métodos democráticos ainda não seduziram a autarca municipal. E a desconsideração para com os Conselheiros promete ir dar brado nacional. Estes métodos que pretende seguem uma linha estalinista. O quero, posso e mando.
Não foi por acaso, que logo à segunda reunião quando discordou do ponto de vista de um Conselheiro ameaçou logo que não se importava nada de acabar com aquele Conselho Municipal instituído pela Assembleia Municipal.
Será que tem a cobertura política do ministro Jorge Lacão, para esta instrumentalização?
Será que tomou os Conselheiros por lacaios, pessoas sem dignidade e sem carácter para os tratar com aquela sobranceria?
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Abrantes ainda não é a Venezuela de Chaves...
E quem não se sente não é de boa gente!