«Portugal - não há alternativa a Sócrates
… segundo Mário Soares.
A idade não perdoa e este é mais um dos sinais de que Mário Soares já começa (ou continua?) a fraquejar.
Valendo o que vale a minha opinião, de jovem com pouca experiência de vida, quando comparado com outros muito mais vividos, parece-me que neste momento existem duas pessoas fortemente capazes de serem alternativa a José Sócrates.
Uma é evidente, Pedro Passos Coelho pelo PSD, que ao que tudo indica será o próximo Primeiro Ministro de Portugal, isto se não houver nenhuma revolução antes ou algo similar.
Depois dentro do próprio PS, existe uma alternativa válida a José Sócrates, de seu nome António José Seguro.» in blog Nuno Gil
A idade não perdoa e este é mais um dos sinais de que Mário Soares já começa (ou continua?) a fraquejar.
Valendo o que vale a minha opinião, de jovem com pouca experiência de vida, quando comparado com outros muito mais vividos, parece-me que neste momento existem duas pessoas fortemente capazes de serem alternativa a José Sócrates.
Uma é evidente, Pedro Passos Coelho pelo PSD, que ao que tudo indica será o próximo Primeiro Ministro de Portugal, isto se não houver nenhuma revolução antes ou algo similar.
Depois dentro do próprio PS, existe uma alternativa válida a José Sócrates, de seu nome António José Seguro.» in blog Nuno Gil
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O MEU COMENTÁRIO: Aqui está um post que me apraz comentar pela pertinência do tema: a alternativa a Sócrates.
Eu discordando em muitas coisas de Mário Soares, nunca desvalorizaria o seu comentário político. E o facto dele apoiar tanto Sócrates nesta altura do campeonato, é porque já percebeu que a situação é EXPLOSIVA!
Caso Sócrates abandonasse o Governo, nos tempos mais próximos, o PS não se entendia tão cedo.
Mas também não deixa de ser certo, que já percebeu, de quanta ingenuidade e inexperiência política esta equipa de Passos Coelho vem mostrando, com os acordos avulsos e contraditórios que vem protagonizando.
A frase de Soares de "que este PSD não tem a coragem para ser alternativa ao Governo", - em boa parte, até corresponde à verdade - não pode ter sido um lapsus linguae, mas a senha da mobilização do PS, meio descrente. Ele já repetiu a frase do PS no PREC: - "Quanto mais a luta aquece..."
Porque ele já percebeu que vai haver uma revolução... Tem que haver, diante do cenário negro de cariz económico.
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Passos Coelho de acordo em acordo, vai mostrando a fraqueza negocial e a baralhação quer de Miguel Macedo quer de Miguel Relvas, tornando-os irmãos gémeos de Jorge Lacão, hoje o ministro mais desacreditado neste governo.
No caso das SCUTS, no caso da PT, e no caso de tantos acordos ou simples abordagens, já todos ouvimos uma coisa e o seu contrário. Mais uns meses, e só em Setembro de 2011 é que poderemos ir a eleições Legislativas.
Até lá, não acredito que a situação económica não crie enormes tumultos, obrigando a acordos de emergência entre PS e PSD, por força de imposições da CE e da Alemanha e quiçá do próprio FMI.
Aos olhos da opinião pública o caos económico e os acordos a estabelecer, irão colocar PS e PSD muito iguais entre si. O que mais dificulta a alternativa.
Em 2011, a diminuição dos salários da Função Pública é questão inevitável, com acordo do PS e PSD, por pressão internacional.
Se vamos começar em 5 % ou em 10 %, não sei. Agora que precisamos de cortar despesa em 20 % ou 30 % isso é um facto.
A receita fiscal com os bancos já baixou 40 % de 2008 para 2009. Estima-se que seja pior em 2010, porque a receita com investimentos e empréstimos no estrangeiro ( Brasil, Polónia e Angola) estão em queda, até porque falta dinheiro aos nossos bancos. A advertência de António de Sousa no Programa "Plano Inclinado" foi bem elucidativa, quanto à fraca rentabilidade do mercado nacional, até para os bancos.
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ORA BEM, a que propósito falo neste cenário negro?!
A propósito, dessa advertência de Soares - uma águia terrível, no cenário político nacional - de que não há alternativa a Sócrates.
No PS, não há condições para lutas internas. A queda de Sócrates obrigava a jogadas de bastidores terríveis.
António José Seguro terá a oposição de Francisco Assis, e Soares sabe bem quanto os dois fragilizam o PS, como partido do Governo. Em caso de eleições antecipadas, Sócrates tem de ir forçosamente a votos.
A situação de crise não permite, nem aconselha grandes debates e grandes lutas internas no PS.
António José Seguro na oposição "civilizada" é qualquer coisa de surrealista, e impossível de manter no seio do PS. E se subir após a derrota de Sócrates, não terá peso para se manter por muito tempo. Nem ele nem outro. O PS mergulharia numa luta interna terrível.
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Resta saber se Alegre conseguirá forçar Cavaco a segunda volta. Se conseguir, Soares não deixará de ensaiar um número de unidade, fazendo as pazes com Alegre. O PCP irá atrás desse movimento de "unidade de esquerda".
Se Alegre ganhar, Sócrates irá continuar com apoio cerrado de toda a esquerda. Logo, Passos Coelho irá ficar eternamente como o "campeão das sondagens" . Entra-se em luta interna no PSD. Ninguém no PSD vai querer esperar por 2013, nem o país iria entender mais acordos do PS e PSD, para depois no Parlamento a maioria de esquerda derrotar as moções de censura de PSD e CDS.
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SE Cavaco ganhar, o Parlamento à esquerda nunca apoiará uma moção de censura da Direita. Passos Coelho só esperando por 2013, o que não é coisa que Rangel ou outros no PSD aceitem de mãos nos bolsos até lá.
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Portanto, face ao tumulto social expectante, nada garante como plausível, termos Passos Coelho no governo e José Seguro como líder pacificador da oposição.
Nem a vida económica do país poderia permitir que o país ficasse entregue a "bons rapazes", sem experiência de vida, como é o caso de Passos Coelho, Relvas, Nogueira Leite, e Marco António, no PSD e a José Seguro, Assis, e outros que tais no PS.
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O que aí vem não sei. O que sei é que mais tarde ou mais cedo todos vamos que ter de ganhar juízo e aceitar gente séria a governar-nos. Talvez uma mudança de regime e um governo de unidade nacional, de cariz presidencialista, com a renuncia do próximo presidente eleito em 2011.