Mostrou como em Abrantes as opiniões estão fechadas em redomas muito pessoais.
Falar em democracia é quase blasfémia. Há o amigo. Há o amigo do amigo, que nosso amigo é. E todos gritam: dá nele, pá!
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Num "posts" o professor de educação física e desporto, venerava toda a grande capacidade organizativa e o melhor campeonato do Mundo, como sendo o da Espanha. Todavia desejava que ganhasse a Holanda. Esquecia o mérito e a pedagogia, que ensinava, para se entregar ao clubismo mais obtuso e contrário aos valores do mérito e da verdade desportiva.
No outro post, colocava Passos Coelho em 1º ministro e Antº José Seguro em líder da oposição. CONTESTEI, com argumentação fundamentada, CLARO.
Recebi comentários vindos de um funcionário da Biblioteca « ele há cada "comentadeiro", dá-lhes com força Nuno». Como o único comentador era eu, estava tudo dito...
Perguntei indignado: que é isso?!
Respondeu-me com eloquente arrogância e prepotência, como eu nunca respondi a um pobre, triste e mendigo à minha porta!
DITO ASSIM: eu como me deram educação, não lhe vou sequer responder.
Uma frase que denota logo o carácter arrogante de quem a proferiu...
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Tudo isto é triste e deprimente, que nem vou dizer por agora mais nada. Um dia ele irá cair em si e envergonhado, será o primeiro a pedir-me desculpa.
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A minha discordância com Nuno Gil, quanto ao dilema Passos/SEGURO:
Não tem nada de pessoal, acrescente-se. Nem nos conhecemos pessoalmente. Apenas a pertinência da sua observação como espelho de um certo estado de alma de "encantação", e de obsessão em querer opôr e separar, o que se confunde e é igual em si mesmo: fotocópias da mesma máquina rotativa e partidária, viciada e gasta até mais não...
Um e outro foram dirigentes das "jotas" respectivas. Venceram porque colaram mais cartazes e tiveram amigos mais influentes do que os adversários. Contados os votos do "colégio eleitoral dos jovens encantados", os que foram menos derrotados, somaram mais votos: e foram declarados os vencedores, perante a teia das cumplicidades!
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Se alguma voz se erguesse e invocasse a " elienação das massas" seria vaiado ou esmagado.
Passos Coelho e A.J. Seguro foram líderes das suas respectivas "jotas". O primeiro, com a "reincidência", na aclamação no Congresso PSD em Carcavelos, de uma forma, em nada diferente do que lhe sucedeu, quando foi aclamado líder da JSD.
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Pensar que serão os frutos destas "árvores", que poderão regenerar e fazer criar as raízes da salvação da Pátria, é ser-se demasiado ingénuo e querer esconder as lições do passado recente e da História de milénios.
Passos Coelho terá sempre que contemporizar com os desacertos de Miguel Relvas, Marco António, Nogueira Leite e esperar pelas correcções de Ângelo Correia, que nem sempre acerta ou quer acertar. E terá sempre que pactuar com esse "núcleo duro", antes que outro adversário interno lho "roube" e faça um "golpe palaciano"...
A história do PSD sempre foi assim. Nem Sá Carneiro se livrou, antes de acabar "assassinado"!
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Portugal é uma ficção política, fora da CE. Ninguém apostaria nele como país fora da CE.
Portugal é uma ficção administrativa, onde uma associação de amigos das corporações locais se protege e se perpetua no poder ou para lá retorna face a um desaire passageiro.
Um qualquer "obscuro" empresário arregimenta mais uns tantos, e tanto pode apoiar um professor estranho à terra, como o gerente de um banco onde todos fazem livranças e letras de favor, a que se juntam as promessas de empreitadas futuras, em convites reservados...
Chamam a isso "eleições do poder local". Do poder local dos mais fortes a defenderem os seus interesses pessoais!
A designação não podia ser mais assertiva e precisa!
O que poderia ser um contra-poder moderador e local, por parte da juntas de freguesias, tornou-se na manipulação mais sórdida da angariação de votos do presidente de câmara.
Em 19 freguesias, 15 já erguem a bandeira do poder executivo municipal. Falta convencer as restantes quatro. O que nem é nada difícil a um executivo que vai tendo 30 a 40 milhões de euros todos os anos, para acenar a freguesias sem dinheiro para limpar os cemitérios e varrer as ruas.
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O somatório dos votos destas 308 "Instituições da ficção administrativa", é que constituem o colégio eleitoral, desde o presidente da República aos deputados que secundam o poder do 1º ministro.
Na hora de decidir, lá temos a trapalhad das SCUTS. Com isenções justíssimas e socialistas!
Será a pobreza dos eleitores do Norte do concelho, que esperam ansiosamente pelos filhos e netos a labutarem por Lisboa, quem irá gerar o índice de pobreza ao concelho, para justificar a isenção nas portagens, não aos filhos moradores em Lisboa, mas aos "ricos e remediados" que ainda têm dois carros por família na garagem, para a total isenção de portagens ou os descontos nas mesmas, na A-23.
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QUERIAM ISENÇÃO MAIS "JUSTA"?!
Queriam que Passos Coelho e Sócrates ou José Seguro (de Penamacor, é bom não esquecer!), fizessem outra coisa mais justa?!
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Estes exemplos só provam como nunca mais sairemos deste plano inclinado, que nos irá levar ao fundo, com toda a certeza...