Claro que se perguntarem ao povo, este acha bonito...
Coitados, também não lhes foi dado saber, que podiam ter outra coisa bem melhor...
Valendo-se deste obscurantismo, os autarcas municipais lá vão delapidando o dinheiro em más obras, não obstante a "fama" efémera num concelho a definhar a olhos vistos. Para seu azar, não ata a bota com a perdigota!
Este projecto nunca podia ter sido aprovado, pois fere o RGEU. As montras estão a menos de 3 metros de afastamento do talude, ainda por cima de uma Estrada Nacional e sem qualquer barra de protecção, como exigi (entre outras coisas) em 2002, quando vereador.
UM CORPO de edifícios partilhado pela sede da Junta de Freguesia (na casinha recuperada em cima) e o POSTO MÉDICO implantado na cave entre uma rua de inclinação monstruosa e impraticável para deficientes motores, doentes e idosos e uma estrada nacional (EN nº. 358), capaz de deixar escapar um veículo ou a projecção de parte dele contra as montras da sala da enfermaria ou da sala do consultório médico.
Onde está o acrescento, implantava-se uma rua a meio da rampa e a deslizar suavemente na paralela (ou a entroncar a 45 graus) com a EN 358.
Harmonizava totalmente os acessos. Metade deste corpo novo em cave nunca podia ter lugar no piso superior, criando mais uma casinha de estilo rural para servir de Posto Médico ao lado da sede da junta, com a vantagem de dar mais espaço e maior comodidade e boa harmonia para os acessos do público e deixar os serviços todos num mesmo piso térreo.
Estranho que os projectistas não fizessem ver essas coisas e os autarcas não o perscrutassem.
Este corpo acrescentado roubou a possibilidade de reduzir a inclinação da rampa para metade e poder dar espaço para se desenvolver uma rua a passar entre a casa recuperada e a EN 358, paralela a esta, com o necessário passeio separador e que aproveitando do decline da EN fosse intersectar esta num nível mais inferior, evitando a perigosa entrada dos veículos desta rampa na EN em piso de forte inclinação e de visibilidade reduzidissima, tanto mais que o Largo do Rossio de Martinchel já se situa numa curva de reduzida visibilidade, pelo menos para um dos lados da via: Castelo de Bode.
E para que esta solução de entrada oblíqua na EN, não inviabilizasse o circuito em direcção ao Castelo de Bode, o parque de estacionamento e jardim permitia rasgar uma rua no lado oposto na direcção da entrada da rua da Igreja e integrar-se no circuito normal já dentro do triângulo de acesso frente ao mini-mercado e café a Prensa.
Sendo um local muito visitado pelos turistas nacionais e estrangeiros, esta situação grosseira, em nada abona à boa imagem municipal...