O desenho disparatado deste pórtico a encimar a entrada da Biblioteca Municipal António Botto com esta solução de betão à vista é um remendo grosseiro. Deslocado e desprositado de todo num edifício do séc. XVI e classificado de interesse público.
Todavia, como foi um arquitecto da terra, das tais famílias de Abrantes, a quem se permite tudo, ninguém até hoje ousou dizer nada contra.
Peço desculpa aos leitores por esta minha insistência, mas era importante sublinhar a questão, pelo lado sórdido e inusitado de quem consegue manter um silêncio "ensurdecedor" em redor de algo censurável, ao mesmo tempo que lançou mão de uma petição que recolheu a assinatura de apoio de um milhar de incautos.
Incautos, e colaboracionistas numa iniciativa que nunca poderá servir de argumento a quem gostasse de ver a Colecção Estrada em Abrantes.
Aliás, os vereadores do PSD acabaram por irem no "conto do vigário" e às páginas tantas, até o marido da responsável do PS local e ao mesmo tempo coordenadora do projecto do MIAA ajudou à festa.
Provado está que as elites dos amiguismos não estão vocacionadas para as grandes obras com utilidade para Abrantes.
ENCERRO AQUI, por agora a questão.